Servidores da Cultura prometem continuar a greve, que atinge 100% no Rio

Os servidores da Cultura completaram hoje (21) uma semana de paralisação. Eles reivindicam a implantação do Plano de Cargos e Carreiras, como acordado em 2005, e a abertura de concurso público. No dia 22, haverá nova assembléia no Palácio Capanema, cen

Pelo acordo feito em 2005 com o Ministério do Planejamento, que deu fim à greve que durou 100 dias, o Plano deveria ter sido implantado em janeiro de 2006. Segundo o diretor de Imprensa do Sintrasef, Roberto Areas, 97% da categoria está parada em todo o Brasil. No Rio de Janeiro, que reúne cerca de 800 servidores, a paralisação atinge 100%.



O diretor do Sintrasef informou que o ministério do Planejamento não quer a criação do Plano de Cargo e Carreiras porque isso, segundo o governo federal, abriria um precedente para outros segmentos do serviço federal. 



Somente após o segundo dia de greve, o ministro da Cultura, Gilberto Gil, conseguiu uma reunião com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Gil pediu o cumprimento do acordo feito com os servidores federais.



No dia 24, a CUT e a Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) abrirão uma negociação especial para a Cultura. O objetivo é tentar solucionar o impasse que provoca a paralisação do setor em mais de 15 estados e no Distrito Federal (DF).



Concurso



Além do Plano de Cargos e Carreiras, os grevistas pedem a abertura de concurso público para a área, que há 15 anos não ocorre. Para Roberto Areas, o último que aconteceu no IPHAN e na Funarte não chegou a 3% do que seria realmente necessário. Segundo ele, é preciso a contratação de 2.000 novos funcionários em todo o Brasil.



Os servidores da Cultura também querem a retirada do Projeto de Lei Complementar (PL 01) que impõe limites a investimentos públicos pelos próximos dez anos e ameaça a todas as categorias da administração pública e a lei que restringe o direito de greve para os servidores públicos.