Carta de renúncia de Rondeau: “Descabidas inverdades”
A investigação da Polícia Federal, no quadro da Operação Navalha, caracterizou uma situação de “descabidas e injustas inverdades”, afirmou o ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, em sua carta de demissão divulgada na noite desta terça-feira (22). R
Publicado 23/05/2007 11:19
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República divulgou a carta, em que o ministro demissionário nega as denúncias e agradece ao presidente a confiança em seu trabalho. Veja a íntegra:
“Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Como é do conhecimento de Vossa Excelência, estou sendo submetido a um processo que me causou dano pessoal irreparável. A investigação da Polícia Federal, em curso perante o Superior Tribunal de Justiça, não envolve a minha pessoa, até porque como ministro de Estado só seria objeto de investigação no Supremo Tribunal Federal.
A situação em si caracteriza descabidas e injustas inverdades que impõem a mim, neste momento, dedicar-me inteiramente a defender minha honra e a minha história de vida, jamais questionadas em vários anos de serviços públicos prestados ao país no desenvolvimento do setor elétrico.
Servi ao governo de Vossa Excelência com a máxima lealdade e correção, seja na Presidência de Empresas Estatais do Setor Elétrico, seja como ministro de Estado. A vossa excelência sempre serei grato pela confiança e pela oportunidade de trabalhar pela grandeza do nosso país.
Todavia, a injustiça que recaiu sobre a minha pessoa leva-me a solicitar a Vossa Excelência minha exoneração, a fim de melhor proteger minha pessoa, minha família, minha honra, minha história e permitir ao governo que siga com todas as energias voltadas para o crescimento o país, a implementação do PAC e o desenvolvimento do setor energético.
Reafirmo a Vossa Excelência minha total inocência e renovo meus desejos de pleno sucesso na condução dos destinos do Brasil.”