Governo envia tropas para reprimir ocupação em Tucuruí (PA)

O governo determinou o deslocamento de tropas federais para a hidrelétrica de Tucuruí (PA), que foi ocupada na madrugada desta quarta (23) por pelo menos 250 pessoas, integrantes da Via Campesina e do Movimento dos Atingidos por Barragens.

Vidraças quebradas a marretadas, correria e ameaça de apagão foram os ingredientes do confonto da ocupação de 250 pessoas às instalações da usina de Tucuruí. Um manifestante foi atingido no pescoço por bala de borracha disparada pela PM.



 


O Exército já possui em Tucuruí uma unidade militar e um esquadrão de cavalaria mecanizada. A Polícia Federal também já foi acionada.



 


O governo espera, no entanto, obter sucesso nas negociações com as famílias, que ocuparam as salas de geração de energia, para evitar a ação das tropas federais. O objetivo da manifestação é agilizar as negociações para atender os direitos dos atingidos pela barragem.


 


A Eletronorte, empresa que controla a hidrelétrica de Tucuruí, com potencial de 8.230 megawatts, informou por volta das 12 horas que os invasores de movimentos sociais permanecem em suas dependências, mas não atrapalham a sua operação normal.



 


A diretora nacional do movimento, Liciane Andrioli, diz que o objetivo da ação é fazer andar as negociações para atender os atingidos pela barragem tenham seus direitos atendidos. Segundo ela são 32 mil pessoas prejudicadas diretamente.



 


Liciane informou que essa é mobilização nacional e que em Goiás, por exemplo, foi interrompido na madrugada desta quarta o tráfego na Belém-Brasília, onde mais de mil pessoas estão fechando a rodovia.



 


Também estão sendo articulados movimentos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraíba, Ceará e Minas Gerais. O gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República está acompanhando a mobilização desde cedo.