Governo lança política para reduzir os danos do alcoolismo

A Política Nacional sobre Álcool foi lançada hoje (23), no Palácio do Planalto, com o objetivo de reduzir os casos de violência e os danos à saúde causados pelo consumo excessivo de álcool. Em um total de 20 diretrizes, o decreto traz uma série de medi

O ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional e presidente do Conselho Nacional Antidrogas, Jorge Armando Félix, disse que o decreto é uma articulação de ações de diversos ministérios. Segundo ele, a política consolida as medidas que já vêm sendo adotadas e cria estímulos e instrumentos para novas ações. “Os relatos de violência doméstica, lesões corporais, tentativas e homicídios consumados, assim como outras situações de conflitos interpessoais são cada vez mais evidentes em contextos nos quais o álcool se faz presente”, lembrou o ministro.


 


O ministro das Cidades, Marcio Fortes, destacou as ações da Política em relação ao uso de álcool no trânsito. Ele anunciou que os perigos da associação entre álcool e direção serão incluídos nos cursos de formação de condutores e na grade curricular das escolas. O ministro disse também que o governo estuda medidas para proibir a venda de bebidas alcoólicas em estradas federais e postos de gasolina.


 


”O condutor na estrada, sobretudo de caminhões, quer ser um 'deus', rodar 24 horas. E, para isso, toma tudo o que é possível para se manter ao volante, como psicotrópicos e bebidas”, afirmou Fortes. Um levantamento da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego em quatro capitais brasileiras mostrou que em cerca de 61% dos acidentes de trânsito o motorista havia ingerido bebidas alcoólicas.


 


O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse que a proposta do governo não é moralista, mas tecnicamente consistente. Ele informou que a intenção do governo é ampliar de 1,2 mil para 1,6 mil o número de unidades dos Centros de Atenção Psicossocial em todo o país. Dessas, 350 devem ser destinadas especialmente para o tratamento de dependentes de álcool e drogas.


 


Temporão garantiu que existem recursos previstos no orçamento para garantir esta expansão. Ele também informou que os agentes comunitários do Programa de Saúde da Família irão trabalhar para conscientizar a população. De acordo com a Assessoria de Imprensa do Ministério da Saúde, os gastos públicos do Sistema Único de Saúde (SUS) com tratamento de dependentes de álcool e outras drogas somaram, entre 2002 e junho de 2006, R$ 36,8 milhões.


 


Fonte: Agência Brasil