Manuela D’ávila: financiamento público combate corrupção

“Se conseguirmos discutir a reforma política com seriedade e enfrentar a temática do financiamento das campanhas eleitorais, que geram os sucessivos desgastes; se conseguirmos superar a questão do uso individual dos mandatos por pessoas e não por proje

Manuela parabenizou o trabalho da Polícia Federal que não está realizando uma investigação seletiva. “Uma das maiores conquistas que a democracia traz é quando sentimos – mesmo que saibamos que isso ainda não é pleno – que a justiça pode ser feita para todos, podendo ser alvo de medidas judiciais e sofrer penalidades todos os que praticam atos ilegais e não somente alguns”, disse.


 


Mas para a deputada, a ação da PF não é suficiente. “Quando pensamos em medidas pontuais talvez nos esqueçamos, ou não tornamos público na medida do necessário, do papel que uma reforma política avançada pode ter para que não pontualmente X, Y ou Z, sejam punidos pelos atos que praticaram, mas para que esses fatos não se repitam na velocidade e na dimensão com que vêm se repetindo em nosso país”, disse Manuela.


 


Para ela, se houver seriedade e se os parlamentares enfrentarem a temática do financiamento das campanhas eleitorais, se conseguirmos superar a questão do uso individual dos mandatos por pessoas e não por projetos políticos, a partir da elaboração de listas pré-ordenadas, se conseguirmos chegar a critérios para a elaboração dessa lista a fim de que não nos façamos reféns das direções X, Y ou Z nos estados A, B ou C, mas que consigamos compilar regras gerais que possam garantir a esta lista pré-ordenada, a proibição de transporte de eleitores e a compra de votos nas eleições partidárias; poderemos, simultaneamente ao combate pontual e à descoberta de sucessivas redes de corrupção, contribuir para que, em curto e médio prazo, vejamo-nos majoritariamente livres desta chaga profunda, a corrupção em nosso país”.


 


De Brasília,
Mônica Simioni