Alunos da Unesp acampam em prédio da faculdade em Rio Claro

Cerca de 60 estudantes permanecem acampados em um prédio de oito salas do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Unesp (Universidade Estadual Paulista), em Rio Claro (175 km de São Paulo).

Eles ocuparam o local na noite de quinta-feira (24) com aproximadamente cem pessoas para protestar contra uma possível intervenção da Polícia Militar no prédio da reitoria da USP em São Paulo, ocupado por estudantes há 24 dias.



De acordo com líderes do movimento, não há pressão da diretoria da unidade para que eles deixem o prédio.



Os estudantes exigem da direção um “posicionamento claro” em relação aos decretos do governador de São Paulo, José Serra (PSDB) que, segundo eles, ferem a autonomia das universidades estaduais.



Na Unesp, cerca de 350 professores, das unidades de Araraquara, Ilha Solteira e Marília já aderiram à greve. Em Bauru, alunos e funcionários já pararam. Assembléias marcadas por professores para segunda-feira em Bauru e São José do Rio Preto devem definir a situação também nessas unidades.



Novas desculpas da reitoria da USP



A reitoria da USP afirma que a invasão dos estudantes no prédio central da universidade irá atrasar reformas de unidades e contratação de professores – duas das 17 reivindicações dos alunos.



Segundo o vice-reitor, Franco Maria Lajolo, isso acontece porque os contratos para a execução das obras estão dentro da reitoria.



Segundo Lajolo, também haverá atraso na contratação de professores e funcionários. Isso porque os pedidos feitos pelas unidades estão quase todos dentro do prédio ocupado



A reitoria afirma ainda que professores e funcionários não receberão nem horas extras nem gratificações que seriam pagas neste mês, pois foi necessário repetir a folha de pagamento do mês passado. Está suspensa ainda a emissão de diplomas.



O comitê de comunicação dos alunos afirma que o atraso dos processos não significa que eles não serão efetivados. “Não é porque estamos aqui há três semanas que as reformas, as contratações ou qualquer outra coisa não seja feita”, disse Luís Fernando Branco, membro do comitê e estudante do 2º ano de história.



Fonte: Folha Online