Discriminação marca II Conferência Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres

A Segunda Conferência Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres ocorrida neste fim de semana foi marcada pelo embate entre entidades representativas dos mais variados segmentos de Manaus, que queriam

Dezenas de entidades se sentiram violadas no seu direito a participação e o resultado foi a não-realização de painéis de discussão no sábado, dia 26, como os que tratariam sobre educação e cidadania, além da saída de organizações do encontro. “Foi um absurdo o que aconteceu. Entidades com atuações em áreas importantes da cidade não puderam participar, como foi o caso da Maria da Penha, que atua na Zona Leste”, protestou a coordenadora da União Brasileira de Mulheres no Amazonas (UBM) e conselheira do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Vanja Santos.


 


A Associação dos Deficientes Físicos do Amazonas (Adefa) foi um dos casos de entidade que não representa exclusivamente às mulheres e que por esta razão foi discriminada. O que a Adefa queria, entretanto, não era ser reconhecida como uma associação do movimento de mulheres, mas sim discutir a situação da mulher deficiente na sociedade e, neste sentido, ajudar a encaminhar propostas de políticas públicas junto aos governos municipal, estadual e mesmo federal, o principal objetivo do evento.


 


Curiosamente a Pastoral da Terra, mesmo não sendo uma organização exclusivamente de defesa dos direitos das mulheres, teve assento na Conferência. E foi a restrição à ampla participação, aliada a tais contradições que, acrescenta Vanja,   causaram estranheza a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Graça Prola, e a própria representante da Secretaria Nacional de Políticas Públicas para as Mulheres, Dirce Groszi.


 


A situação contrariou o próprio regimento aprovado do encontro. O seu quinto artigo diz: “A Conferência Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres deverá propiciar a participação ampla e democrática de todos os segmentos da sociedade manauara”. As entidades que ficaram de fora das discussões do encontro municipal querem que o mesmo não ocorra na Conferência Estadual, marcada para o mês de julho. Ela prepara para a Conferência Nacional, a ser realizada em agosto, em Brasília.


 


De Manaus,
Assessoria de imprensa da UBM-AM