Belarus propõe à Rússia resposta a escudo americano
O presidente de Belarus, Alexander Lukachenko, exortou a Rússia nesta terça-feira (29) a dar uma resposta conjunta ao escudo de defesa antimíssil que os Estados Unidos instalarão inicialmente na Polônia e República Tcheca.
Publicado 29/05/2007 11:36
Lukachenko considerou que somente em uma união com Belarus a Rússia poderá encontrar uma resposta assimétrica e proporcional à instalação de elementos do sistema de Defesa Anti-aérea Americano (DAM) no continente europeu.
O líder belarusso expressou a disposição de Minsk a desempanhar seu papel perando os planos do Pentágono na Europa, que qualificou de inaceitáveis, após um encontro com uma delegação governamental russa da Região Autônoma da Sibéria.
Segundo ele, o sistema é ''Inadmissível. Está posicionado em nossas fronteiras em primeiro lugar, e não próximo às fronteiras da Federação Russa''.
O presidente belarusso destacou que ''só mediante o fortalecimento militar, a Rússia poderá encontrar uma resposta proporcional à intenção dos EUA de se apossarem da região''.
''Poderíamos ficar em silêncio, mas honestamente dizemos que essa é nossa zona de responsabilidade e cumpriremos o papel como prometemos'', sentenciou Lukachenko, em alusão à criação de uma força conjunta de defesa anti-aérea no flanco ocidental do país.
Lukachenko também afirmou que o exército belarusso pode fortalecer-se apoiando-se no do país vizinho e que, solitário, dificilmente poderia obter algum resultado.
Na opinião do presidente belarusso, a defesa russa no lado ocidental atualmente está debilitada e a Belarus pode contribuir para seu fortalecimento.
Advertiu que é uma decisão cara e que somente os militares estão conscientes de tal situação.
Lukachenko, por outro lado, demonstrou a vontade de Minsk de construir uma aliança com a Rússia, ao mesmo tempo que esclarecia que a projetada unificação entre os dois estados não depende de seu país.
Ele também convocou a atual administração russa a retomar os planos para a construção de uma união entre os dois países.
Com informações da Agência Belta e Prensa Latina