Cindy Sheehan abandona movimento pacifista nos EUA

Cindy Sheehan, que nos últimos dois anos converteu-se em líder pacifista nos EUA, anunciou nesta terça-feira (29) que abandonou o ativismo civil e passará a dar atenção ao resto de sua família. Casey Sheehan, seu filho, foi morto em combate em Bagdá, e

Cindy tornou-se, desde 2005, no rosto mais visível do movimento anti-belicista americano na mídia e foi objeto de várias manchetes na imprensa por causa dos protestos que organizou nas proximidades do sítio texano do presidente George W. Bush.



Em uma carta publicada no site DailyKos, Cindy narrou sua desilusão com a luta e com as mostras de ódio que recebeu dos conservadores e liberais, quando deixou de manter contato com o Partido Democrata.



''Muitos me chamaram de prostituta da mídia, entre outras agressões não menos graves'', conta a californiana de 51 anos.



Cindy afirmou também que não quer mais ser vista como líder do movimento pacifista americano,  que, segundo ela, ''acabou com minhas finanças pessoais, meu tempo e meu casamento''.


 



“Gastei cada centavo que possuía de um dinheiro que me foi passado por uma “grata” nação, que matou meu filho, e gastei cada tostão que recebi em discursos ou sessão de autógrafos que participei desde então. Sacrifiquei um casamento de 29 anos e viajei por muito tempo, ficando longe dos irmãos e irmãs de Casey. Minha saúde sofreu muito e as contas dos hospitais durante o último verão — quando eu quase morri — se amontoaram. Eu usei toda a minha energia para tentar fazer esse país parar de massacrar inocentes seres humanos”, escreveu Cindy.


 


 



''Casey morreu por um país que se preocupa mais por quem será o próximo 'American Idol' da televisão, sem se importar com quantos jovens morrerão nos próximos meses no Iraque'', sentenciou a fundadora da Ong Gold Star Families.


 


Com informações da Prensa Latina e Daily Kos