Colômbia: Estudantes denunciam repressão em universidade

Estudantes colombianos que protestam contra a aprovação do Plano Nacional de Desenvolvimento, que trata do desmonte das Universidades Públicas, em greve geral desde o dia 26 de maio, denunciam que nesta quinta-feira (31/5) efetivos do Esquadrão Especial d

Em comunicado, a Associação Colombiana de Estudantes Universitários (Aceu) afirma que a polícia tomou de assalto o “Claustro de Santo Domingo”, sede da Universidade de Cauca, que abriga a faculdade de Direito e os principais escritórios da administração do campus. O saldo é de mais de 20 estudantes detidos e um número indeterminado de feridos, ainda continua a incerteza sobre o futuro dos estudantes do “Claustro El Carmen”, faculdade de humanidades da Universidade de Cauca, que mantêm um acampamento nessas instalações.



A Associação acrescenta que diante do “desmoronamento de seu governo (Álvaro Uribe) e as constantes mobilizações populares, encabeçadas pelos universitários, era de se esperar esta reação de autoritarismo e repressão”.



Afirmam que, apesar das ações, os universitários continuarão na defesa dos direitos dos colombianos, com o apoio do povo e exigindo mudanças de fundo na sociedade. “O momento é agora, Uribe terá que sair da Casa de Nariño (sede do governo colombiano) e do governo para lugar à construção de uma verdadeira democracia na Colômbia”.



Desde o último mês, a Colômbia foi centro de constantes mobilizações por parte dos estudantes universitários que se opuseram à aprovação no congresso do Plano Nacional de Desenvolvimento. Somado a isso, os estudantes e professores secundaristas deflagraram uma paralisação indefinida contra o recorte às transferências (dinheiro que o Estado dá aos municípios e departamentos), que diminui o orçamento para a saúde, educação e serviços públicos.



Em meio a essa situação de mobilizações permanentes, crescem os escândalos do governo de Uribe que o relacionam com os paramilitares e deixam amostra o que os estudantes qualificam de ações antidemocráticas de sua administração.



“Chamamos a todos os organismos de controle do Estado, às organizações defensoras de direitos humanos e às organizações sociais e populares a ficarem alertas sobre o que possa passar com esses estudantes”, afirmam.



Fonte: Agência Adital