Bush viaja para Europa com mísseis nas malas

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, inicia nesta segunda-feira (4) um giro por seis nações da Europa, onde participará também na Alemanha da reunião de três dias do G8, o grupo das oito nações mais industrializadas mais a Rússia.

Em discursos públicos recentes, o chefe da Casa Branca enfatizou temais internacionais como o aquecimento global, a pandemia de Aids e a crise humanitária de Darfur, no Sudão.



A Casa Branca quer tirar da pauta da reunião do G8 temas como ocupação do Iraque, defendendo uma agenda com “assuntos globais” menos espinhosos que a ocupação, que já causou a morte de mais de 3.450 militares americanos.



Na semana passada, às vésperas de seu périplo pelo Velho Continente, Bush se dedicou a promover o lado mais “tolerante” da política externa americana, segundo afirmaram mídias de seu país.


 


Bush encarregou a secretária de Estado Condoleezza Rice de rabiscar uma resolução na ONU, após encontro dela com aliados europeus, para impor uma pressão multilateral contra o Sudão.



Condoleezza não acompanhará seu chefe durante a visita do presidente à Tchéquia. A comitiva de Bush será integrada pelo vice-secretário de Estado John Negroponte e outros funcionários de menor escala na nomenclatura de governo americana.



Bush deverá se encontrar com o presidente tcheco Vaclav Klaus e com o primeiro-ministro Mirek Topolanek, para conversar detalhes da instalação de um sistema de defesa antimísseis e uma base de radar americana no sudoeste de Praga.



Além da República Tcheca, o chefe da Casa Branca permanecerá até 8 de junho na Alemanha, passando depois por Polônia, Vaticano no dia 9 e Albânia e Bulgária. O retorno a Washington está previsto para 11 de junho.