Escalada de baixas de soldados americanos no Iraque

Quatorze soldados dos Estados Unidos foram mortos nos últimos três dias em diferentes ataques no Iraque ocupado. Nos quatro anos de ocupação, a média de baixas fatais é de 2,3 soldados-dia. O mês passado, o mais mortífero para os ocupantes em dois anos, t

O exército dos EUA anunciou neste domingo (3) que sete deles morreram no sábado. Os sete foram vítimas de ataques a bomba em estradas,  a principal causa de baixas entre os ocupantes.



O mais mortífero dos ataques destes três dias, tomado isoladamente, foi no domingo: quatro soldados foram mortos por uma bomba, durante uma operação de controle num subúrbio de Bagdá. No mesmo dia, outra bomba matou dois ocupantes também em Bagdá, e uma terceira fez uma vítima, fora da capital.



Sábado sangrento



No sábado, dois soldados foram mortos por uma bomba ao patrulharem uma estrada, na província de Nínive. Dois outros perderam a vida em ataques separados em Diyala, a nordeste de Bagdá, para onde um contingente extra de 3 mil soldados foi enviado face a uma escalada da violência.



Outras duas baixas fatais ocorreram na capital, num ataque a bomba em estrada. Uma terceira se deveu a um ataque com armas leves. E a quarta a um ataque suicida contra uma patrulha a sudoeste de Bagdá.



Na sexta-feira, um soldado dos EUA foi morto quando sua patrulha se aproximava de dois suspeitos, perto de uma mesquita a sudoeste de Bagdá. A patrulha ia interrogá-los quando um deles fez-se explodir. O segundo suspeito foi abatido alegadamente por ter começado a se comportar de forma agressiva.



Esquadrões da morte sectários



O domingo registrou outros confrontos, além dos que vitimaram soldados americanos. Conforme a polícia, um carro estacionado perto de um posto de polícia e de uma feira explodiu em Balad Ruz, a nordeste de Bagdá. Morreram nove civis e um policial, enquanto os feridos chegaram a 30.



Em Baquba, 60 km ao norte de Bagdá, homens armados em um falso posto de controle mataram cinco pessoas e feriram outras oito, ao abrirem fogo sobre três vans. Os veículos trataram de fugir da armadilha rodoviária.



Pelo menos outros 73 iraquianos perderam a vida em todo o país no domingo. Entre eles estão 31 cujos corpos foram achados, crivados de balas, aparentemente devido ao ataque de esquadrões da morte, usualmente atribuidos a milícias xiitas. Oito destes cadáveres foram achados numa área industrial da cidade ocidental de Falujá.



Num dos maiores combates do domingo, combatentes do Exército do Mahdi, milícia xiita, enfrentaram militares e policiais iraquianos que procuravam dois líderes xiitas em Diwaniya, 130 km ao sul de Bagdá. Pelo menos três pessoas morreram e 24 ficaram feridas, conforme fontes do governo.



O combate começou à 1h30, horário local. Um soldado e três outras pessoas morreram; três civis foram feridos. A informação foi dada por um oficial que não revelou o nome, pois não estava autorizado a falar com a imprensa.



Choques com o Exército do Mahdi



Os choques entre militares e policiais e o  Exército do Mahdi eclodiram desde a noite de sábado, num mercado onde dois dirigentes da milícia era perseguidos pela tropa multinacional sob comando dos EUA, acusados de massacres sectários. No domingo, outrom tiroteio ocorreu na parte leste de Diwaniya, às 9 horas, com participação de jatos e helicópteros artilhados americanos.



Os confrontos no sul aconteceram poucas horas depois que helicópteros artilhados dos EUA atacaram alvoz na zona leste de Bagdá, uma região predominantemente xiita, domiinada pelo  Exército do Mahdi. Quatro suspeitos foram mortos, segundo informou o Exército dos EUA.



O porta-voz militar disse que os homens se preparavam para disparar 12 foquetes sobre a Zona Verde, o enclave fortificado que abriga o governo iraquiano e as legações diplomáticas. Enquanto isso, no norte do país, tropas americanas ''detiveram suspeitos de terrorismo em incursões noturnas contra a rede Al Qaeda no Iraque, em áreas de Mossul e Taji'', conforme um comunicado.