No 4º dia de greve em Volta Redonda, CSN reabre negociação

No quarto dia da greve dos 7 mil metalúrgicos da CSN em Volta Redonda, a empresa aceitou reabrir as negociações salariais. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Renato Soares, participará da mesa redonda com os representantes da em

“Estão tentando desmoralizar o Sindicato de qualquer jeito”, denunciou Renato, ouvido pelo Vermelho. Os PMs do Batalhão de Choque somam mais de 200 na porta da empresa. Se aparecem  fura-greves, a polícia força os piquetes a recuar. Mas muitos trabalhadores permanecem parados, na Praça Juarez Antunes, centro de Volta Redonda, aguardando a orientação do Sindicato.



Os metalúrgicos que entram na usina – a maior siderúrgica da América Latina – não conseguem sair e têm que dormir lá dentro. Para isso a empresa adquiriu “duas carretas de colchonetes”, informou Renato, que deplora a situação dos trabalhadores, dormindo no frio, em instalações inadeqüadas.



A reabertura das negociações foi recebida pelos metaúrgicos como um sinal de que a empresa pode ceder. Até esta terça-feira, a CSN afirmava que só voltaria à mesa com os trabalhadores depois do fim da greve.



O líder sindical insiste na defesa das reivindicações do movimento. Ele lembra que no caso de outras empresas de Volta Redonda, como a Volkswagen Caminhões, a entidade aceitou aumentos reais menores, de 2%. “Mas no caso da CSN não dá, porque faz 10 anos que eles só dão reajustes abaixo da inflação”, argumenta.



Renato cita que graças a isso a CSN conseguiu comprimir ao máximo a participação da folha de pagamento nos seus custos de produção. “No preço de uma tonelada de aço da Cosipa, por exemplo, os salários representam 13%. Na CST, 13%, na Usiminas, 13%; na siderúrgica da Gerdau, 14,8%. Mas na CSN é 8%”, denuncia.



Da redação, com agências