Indústria automobilística bate recorde dos últimos 50 anos

A indústria automobilística produziu e vendeu em maio, e no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, mais do que nos últimos 50 anos. Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgados nesta quarta-feira (6) revel


De acordo com o presidente da Anfavea, Jackson Schneider, o resultado pode ser atribuído à estabilidade macroeconômica, à confiança do consumidor na economia, às condições de previsão a longo prazo e disponibilidade de crédito, o que possibilita uma prestação mais baixa e acessível ao consumidor. “Esse conjunto de fatores permitiram o crescimento do mercado interno”.



Em maio, a produção aumentou 15,9% em comparação com abril (258.911 veículos contra 223.304) e 7,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando foram produzidas 241.600 unidades. No acumulado do ano, foram montados 1.137.966 veículos, 5,8% a mais do que no mesmo período de 2006 (1.076.001).



Também houve recorde de vendas nos dois períodos abordados: 211.145 mil em maio (contra 179.320 em abril e 164.132 mil em maio de 2006) e 883.611 no ano, contra 712.841 mil no mesmo período do ano passado.



O nível de emprego também melhorou, mas não no mesmo ritmo: 110.683 vagas foram preenchidas em maio, 1,3% a mais que em abril e 3,1% a mais que em maio de 2006. Schneider afirmou que o emprego tem crescido nos últimos meses, mas justificou que entre o anúncio da vaga e a contratação, há um tempo de avaliação dos candidatos.



“Se analisarmos os números, vemos crescimento de empregos da ordem de 1.400 em um mês. E há uma expectativa, em relação aos anúncios efetivados, de que vamos ter um novo crescimento no mês que vem”, considerou Schneider.


 


As exportações aumentaram em relação a abril (20,9%), mas caíram na comparação com maio do ano anterior (7,6%). No acumulado do ano, a retração é de 10,7%. “A queda demonstrada é importante e é influenciada pela apreciação do real. Esse é um tema que temos que avaliar e junto com as autoridades responsáveis, buscar a construção de soluções”, avaliou Schneider. Para ele, uma das soluções é a garantia de competição do veículo brasileiro. “Nosso produto tem que ter a condição de competitividade em grau de igualdade com os produtos de outros mercados”.