Romênia e Polônia teriam abrigado prisões secretas da CIA

Um político europeu afirmou ter provas de que a Polônia e a Romênia permitiram a instalação em seus territórios de prisões da CIA (agência de inteligência dos EUA) como parte de um pacto pós-11 de setembro selado para perseguir e interrogar supostos terro

O senador suíço Dick Marty disse que a Polônia recebeu alguns dos prisioneiros da CIA de maior destaque, entre os quais Khalid Sheikh Mohammed, que afirma ter planejado os ataques de 11 de setembro de 2001.



“Agora há provas suficientes para sabermos que instalações secretas de detenção dirigidas pela CIA existiram na Europa entre 2003 e 2005, especialmente na Polônia e na Romênia”, diz Marty em relatório enviado ao Conselho da Europa, órgão de defesa dos direitos humanos.



O senador acusou os presidentes polonês e romeno em exercício à época e o atual presidente romeno de terem tido conhecimento e aprovado as operações da CIA em seus países.



A Romênia e a Polônia, que fazem parte da União Européia (UE), negaram por várias vezes que instalações do tipo tivessem sido criadas em seus territórios.



Rabo preso



Em um relatório preliminar divulgado no ano passado, Marty afirmou que a maior parte dos países europeus foram coniventes com a “teia global” de prisões e vôos de transferência de supostos terroristas a cargo da CIA. Essa “teia” se estenderia da Ásia à base militar americana da baía de Guantánamo (Cuba).



O senador disse ainda que a Alemanha e a Itália alegaram “segredo de Estado” para barrar as investigações.



Reagindo ao relatório, a Comissão Européia (Poder Executivo da UE) pediu à Polônia e à Romênia que realizem, em caráter de urgência, investigações independentes a respeito das alegações e que garantam a indenização das vítimas.



Fonte: Reuters