PSOL quer que Heloísa Helena dispute Prefeitura do Rio

Dirigentes do PSOL estudam a possibilidade de transferir o domicílio eleitoral da ex-senadora Heloísa Helena (AL) para o Rio em razão das eleições municipais de 2008. Ela poderia disputar as eleições tanto para a prefeitura como para a Câmara.

O projeto esbarra no receio de dirigentes de que a manobra seja considerada eleitoreira pelos militantes. Heloísa Helena rechaça inicialmente a proposta. “Não me sentiria bem em transferir o título para disputar uma eleição. Seria uma manobra eleitoreira que a gente tem condenado.”


 


Na eleição presidencial do ano passado, a então candidata do PSOL obteve 20,4% dos votos válidos na capital e 17,1% no Estado, o que viabilizaria uma candidatura na capital. Na avaliação de alguns dirigentes, participar da eleição do Rio poderia aproximar mais a ex-senadora do debate de projetos para combater a violência, tema de projeção nacional.


 


Porém, a discussão sobre sua transferência “está ainda em uma fase embrionária”. “Por ser uma figura representativa do partido, se ela fosse eleita para o Executivo, teria que se fixar no Rio. No Legislativo, tem mais liberdade, além de poder ajudar a formar uma bancada. Mas depende da vontade dela”, disse o ex-deputado federal Babá (PA).


 


Congresso


 


Nesta semana, Heloisa – que é presidente nacional do PSOL – e os principais quadros políticos do partido ocuparam o Complexo da Maré, em evento que marcou o início do 1º Congresso Nacional da sigla. Discursos inflamados contra a atuação da polícia em comunidades carentes e testemunhos de parentes de vítimas da violência marcaram o ato.


 


Cerca de 200 pessoas estavam reunidas na praça do Parque União. Entre os militantes, chamou a atenção Haiman el Troudi, o observador do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e seu ex-chefe da Casa Civil.


 


Sobraram críticas para a política de segurança do governador Sérgio Cabral – especialmente ao uso dos veículos blindados em operações nas favelas – e ficou evidente que o partido vai empunhar, de forma prioritária, a bandeira do combate à violência através de políticas sociais.