Carne de jacaré será comercializada no Amazonas
A Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror) será a responsável pelo incentivo à produção e comercialização de carne de jacaré. A competência passou para a secretaria depois da fusão entre a Agência
Publicado 19/06/2007 17:37 | Editado 04/03/2020 16:13
Inicialmente, a chegada da carne do animal no mercado estava prevista para abril, mas com as alterações institucionais, foi atrasada e, segundo o titular da Sepror, deputado Eron Bezerra, deverá chegar para os consumidores no fim de julho. De acordo com o secretário, até o fim de junho, as relotações de pessoal necessárias serão concluídas, por isso, o prazo deve ser prolongado.
A Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, da região de Tefé e Fonte Boa (cidades a noroeste de Manaus) é quem vai fornecer a carne de jacaré. A princípio, 4,5 toneladas estarão disponíveis. Supermercados e alguns hotéis de selva já apresentaram interesse em comercializar o produto.
Além de jacaré, a região de Mamirauá produz pirarucu, cuja carne é bastante apreciada e, em breve, deve ser transformada em bacalhau, segundo Eron Bezerra. Para isso, a Sepror encaminhou um projeto para o Ministério da Ciência e Tecnologia, que tem recursos para projetos dessa natureza.
Histórico
O jacaré-açu é protegido ambientalmente. Faz parte das espécies proibidas para caça e comércio. A licença para a depesca do réptil foi permitida dentro de unidades de conservação, com plano de manejo, como é o caso de Mamirauá. Mesmo com a proteção, todos os meses saem do Amazonas – de forma clandestina – algo em torno de 200 toneladas de carne de jacaré. O Pará é o principal destino desse produto, mas feiras e mercados de Manaus também absorve o material clandestino.
De Manaus,
Mariane Cruz