Lula Morais: Combate à desertificação 

No dia 17 de junho comemorou-se o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca. A Desertificação é definida como processo de destruição do potencial produtivo da terra nas regiões de clima árido, semi-árido. As causas mais freqüentes da desertificação

O uso intensivo do solo, sem descanso e sem técnicas de conservação, provoca a degradação e compromete a produtividade, a irrigação mal conduzida, causa a salinização dos solos, inviabilizando algumas áreas e perímetros irrigados do semi-árido.


 


 Várias são as conseqüências maléficas deste processo que vem se agravando a cada ano, entre elas: a perda de biodiversidade, a perda de solos por erosão, a diminuição da disponibilidade de recursos hídricos, o abandono das terras por partes das populações mais pobres, o aumento da mortalidade infantil, a diminuição da capacidade produtiva do Estado, sobretudo no meio rural, que repercute diretamente na arrecadação de impostos e na circulação da renda.


 


No Ceará as regiões mais afetadas por este fenômeno são: Inhamuns; Jaguaribe, Jaguaretama e Jaguaribara, no Vale do Jaguaribe; Farias Brito e Assaré, no Cariri; e o núcleo desertificado de Irauçuba, que também envolve áreas dos municípios de Sobral, Miraíma e Forquilha. Somente no município de Irauçuba a área desertificada corresponde a 1451 Km².


 


Na Assembléia Legislativa apresentei o projeto de Lei que Institui a Política Estadual de Combate e Prevenção à Desertificação. O projeto está aguardando parecer na Comissão de Constituição, Justiça e Redação. É necessário que as autoridades cearenses tenham consciência das dimensões nocivas deste processo no nosso Estado para tomar providências para reverter essa realidade.


 


Lula Morais é Médico e Deputado Estadual PCdoB