TVE-RS é uma emissora estatal, afirma pesquisador
A dificuldade brasileira em definir os conceitos de televisão pública e televisão estatal veio à tona recentemente com a eminente criação da televisão do Governo Federal e com o recente I Fórum Nacional das TVs Públicas.
Publicado 19/06/2007 11:06 | Editado 04/03/2020 17:12
A pouca bibliografia a respeito ganha um valioso acréscimo com a publicação do livro “Televisão Pública”, do jornalista José Carlos Torves.
O jornalista e sociólogo José Carlos Torves lançou recentemente o livro “Televisão Pública”. A publicação baseia-se na sua dissertação de Mestrado, que ele cursou na Faculdade de Comunicação da PUCRS.
Torves, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no RS, debate em seu livro os conceitos de Televisão Pública e Estatal, utilizando como objeto de estudo a Fundação Piratini Rádio e Televisão Educativa do Rio Grande do Sul (TVE-RS), o jornalista utilizou a metodologia da Hermenêutica de Profundidade, de John B. Thompson.
Na obra, autor sustenta que a TVE-RS ser uma emissora estatal, ao contrário do que sempre se propôs.
Segundo Torves, a TV precisa cumprir alguns pré-requisitos básicos para ser considerada pública. “Gestão através de um Conselho da sociedade civil que nomeia os diretores, sustentação financeira compartilhada entre verbas públicas e verbas de apoio cultural de empresas privadas, e a questão dos conteúdos; 50% da programação realizada pela própria emissora com seus quadros de funcionários e os outros 50% produzidos por produtores independentes”.
Quanto à TV estatal, Torves é enfático ao afirmar que este é o único tipo de TV não-comercial realizada no país. “A televisão estatal é o que temos hoje no Brasil. Emissoras sustentadas unicamente pelo Estado, com uma direção política indicada pelo executivo de plantão e uma programação que representa os interesses de governo e não da sociedade civil”.
O livro foi publicado pela Editora Evangraf, de Porto Alegre. Tem 182 páginas e está sendo comercializado por R$ 30,00.
Por: Redação FNDC