Chávez quer novo Mercosul e critica conservadorismo do bloco

Pouco antes de uma nova Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, pautada para os dias 28 e 29 de junho, no Paraguai, na qual os países do bloco discutirão a adesão da Venezuela, o presidente Hugo Chávez advertiu que pode tirar a solicitação feita por seu p

Chávez também destacou que seu país conta com o projeto da Alba (Alternativa Bolivariana para as Américas) e “sempre haverá velocidades, dimensões e caminhos distintos para a integração sul-americana, que é um processo em fase inicial”.



Para que a Venezuela seja definida como sócio-plena do Mercosul é necessário e normativo que todos os países-membros manifestem sua aprovação de maneira oficial. Nesse sentido, alguns setores de oposição nos parlamentos do Brasil e do Uruguai anunciaram sua intenção de frear o processo devido à decisão de Chávez de não renovar a concessão da RCTV.



Rejeição previsível da direita



A respeito desse tema, Chávez disse que o caso RCTV “não vai dificultar em nada, pois alguns querem utilizá-lo para talvez tratar de outras posições, que são muito frágeis, como a direita sul-americana, as elites do Brasil e outros países”. Disse também que “nunca viram com bons olhos nossa incorporação a um novo Mercosul” e por isso aproveitaram o caso da RCTV como pretexto.



Por sua parte, o ministro venezuelano de Relações Exteriores, Nicolás Madudo, sustentou que seu país se integrará ao Mercosul apesar da oposição expressada no Senado brasileiro,  e destacou que esse processo poderá ser conquistado trabalhando em diferentes cenários.



“Se a direita toma o caminho de bloquear o ingresso da Venezuela ao Mercosul, nós temos condições suficientes para trabalhar essa integração com o povo do Brasil, com seus empresários e com outros importantes setores do país”, afirmou Maduro.



Apesar dessas controvérsias, o processo de inclusão da Venezuela avança desde que foi referendado o Protocolo de Adesão, num ato realizado em 4 de julho de 2006, em Caracas. Até o momento, o país tem o caráter de membro-associado e, como tal, tem a possibilidade de participar dos órgãos do bloco com voz, mas sem direito a voto.



Fonte: Agência Jornalística do Mercosul (APM)