Fetiesc renova compromisso com a classe trabalhadora
Dirigentes sindicais do Brasil e Mercosul, repreesentantres das igrejas, dos poderes judiciário, executivo e legislativo prestigiaram as solenidades de inauguração do Centro de Educação Sindical da Fetiesc (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do es
Publicado 29/06/2007 20:16 | Editado 04/03/2020 17:14
“Vivemos um processo longo para chegar onde estamos e esse grupo de companheiros e companheiras vieram para somar”, apontou em seu discurso o presidente reeleito da Fetiesc, Idemar Antônio Martini.”O novo mandato já descentralizou a Federação, com a criação das secretarias da Juventude, de Negociação Coletiva, de Formação e Educação Sindical, da Habitação, da Saúde e, agora, da Secretaria da Mulher. Estamos fazendo formação sindical, nos aperfeiçoando para o objetivo de termos uma única Convenção Coletiva de Trabalho por categoria, no estado. Não queremos ser melhor do que ninguém, nossa luta é pela dignidade da classe trabalhadora”, disse Martini.
A professora da UFSC e representante do Movimento de Mulheres de SC, Clair Castilhos, lembrou que o termo companheiro/camarada significa aquele que compartilha o pão e o ar, pela luta geral que é a libertação da classe trabalhadora. “Nosso desafio é o de construir um futuro de igualdade, princípio que o capital é contra”, afirmou Clair, destacando a crescente participação da mulher no movimento sindical com uma frase do herói nacional cubano, José Martí: “Nada causa mais horror à ordem do que mulheres que sonham e lutam”. O dirigente da Federação dos Trabalhadores Papeleiros da Argentina, presente ao ato, Alberto Porto, tratou a todos por “irmãos” e também destacou o trabalho desenvolvido pela Secretaria da Mulher da Fetiesc, “onde há muito trabalho”, desejando “que sigam lutando”.
“Estamos vivenciando três atos da mais alta importância no dia de hoje. A Fetiesc sempre esteve na linha de frente das lutas em defesa dos trabalhadores, não apenas de Santa Catarina mas do Brasil, pela garantia permanente da soberania nacional”, discursou o presidente da CNTI. Estiveram presentes ao ato, ainda, a vereadora do PCdoB, em Florianópolis, Ângela Albino, o juiz do trabalho em Balneário Camboriú, Irno Resener, a deputada federal Luci Choinacki (PT/SC) e o assessor jurídico da Fetiesc, Edésio Franco Passos.
Patrimônio dos trabalhadores
Com o descerramento da placa e a benção de representantes das igrejas católica e evangélica foi oficialmente inaugurado o Centro de Educação Sindical da Fetiesc, pouco antes da solenidade de posse da nova diretoria. “Este é um espaço sonhado pelo movimento sindical de Santa Catarina, do Brasil e dos países do Mercosul, que seja ocupado para o bem da comunidade”, discursou o presidente da Fetiesc, Idemar Martini. O Secretário de Formação Sindical da Fetiesc, Carlos de Cordes disse ” que a Fetiesc inaugura um espaço que deve ser utilizado por todo o movimento sindical de Santa Catarina e do Brasil, para o fortalecimento das lutas sociais”. “O momento é privilegiado para a classe trabalhadora, verdadeira produtora das riquezas deste país”, comemorou o assessor de Formação da Fetiesc, professor Sabino Bussanello que, juntamente com a dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Blumenau, Gaspar e Indaial, Vivian Bertoldi, convidou a todos para assistirem ao vídeo sobre o Movida (Movimento em Defesa da Saúde e Segurança da Classe Trabalhadora). “É um pequeno resgate de tudo o que se tem feito, porque o salário é importante, mas sem saúde, nada adianta”, afirmou Vivian.
10 anos de lutas
O terceiro ato solene aconteceu com os lançamentos do bótton e da Revista “Desperta Mulher”, edição comemorativa pela passagem dos 10 anos do Departamento da Mulher da Fetisc, hoje com status de Secretaria. Coordenada pela assessora da Fetiesc, Ana Maria Sokacheski, a solenidade contou com a exposição da vice-presidente do STIVestuário de Jaraguá do Sul e Região e diretora da Fetiesc, Rosane Sasse, sobre o resgate dos últimos 10 anos de lutas das mulheres trabalhadoras de SC. “Como trazer as mulheres para o Sindicato? Este era o grande desafio quando iniciamos este trabalho”, contou Rosane, citando as promoções realizadas, sempre com temas voltados ao dia-a-dia das mulheres e aos avanços da mulher trabalhadora”.
Integrante do Conselho Estadual de Direitos da Mulher (CEDIM/SC), Rosane Sasse citou ainda a criação dos Conselhos Municipais onde a Fetiesc possui Sindicatos filiados, além da inserção do movimento sindical da Federação em nível internacional: “Hoje, temos documentos da Fetiesc na Organização Internacional do Trabalho”, acrescentou Rosane Sasse. A Secretária da Mulher da Fetiesc, Marli Leandro, e a secretária geral da Federação, Zeli da Silva, destacaram as ousadias e os avanços conquistados nestes 10 anos. “Está provado que falta presença da mulher quando não se dá abertura à sua participação”, frisou Zeli da Silva. Durante a solenidade, foram homenageados o presidente Idemar Martini, a ex-assessora da Fetiesc, Cleoci Machado e a atual assessora, Ana Sokacheski, a professora Clair Castilhos, além da deputada federal Luci Choinacki.
“A Fetiesc está presente na luta pela aposentadoria para as donas de casa, pela implantação de Centros de Educação Infantil (inclusão das Creches no Fundeb) e em todos os momentos que exigem ousadia para fazer com que o mundo se transforme”, enalteceu a deputada Luci. “Ser trabalhadora é ter direito ao descanso, a salário igual e não fazer do trabalho uma mutilação, uma escravidão moderna”, discursou a deputada do PT, finalizando: “A Fetiesc prova a todos nós que luta perdida é aquela que não se faz”.
Com informações do Portal da Fetiesc na Internet