Nicarágua: Ortega defende “profunda democratização” da ONU
O presidente de Nicarágua, Daniel Ortega, defendeu uma “profunda democratização” da Organização das Nações Unidas, que perdeu toda sua credibilidade com a invasão norte-americana ao Iraque em março de 2003.
Publicado 30/06/2007 17:02
“Estamos diante de um sistema que sofre de esgotamento do ponto de vista político, econômico e comercial, e que necessita de uma profunda transformação”, ressaltou Ortega na abertura de uma conferência regional que analisa a coerência da ONU no contexto do desenvolvimento.
Diante dos representantes de 32 países latino-americanos e caribenhos, reunidos em Manágua, o dirigente nicaragüense assegurou que é necessário construir relações econômicas justas e eqüitativas, em que se rompam as barreiras e as políticas protecionistas e de subsídio impostas pelos países centrais.
Em sua opinião, os instrumentos do capitalismo global sobre os quais se sustenta o atual sistema das Nações Unidas devem ser imediatamente substituídos por outros que sejam fruto da vontade dos povos e das exigências históricas do momento.
O chefe de Estado nicaragüense enfatizou que na América Latina se encontram em curso vários processos de aproximação que buscam passar da integração à unidade, com o objetivo de converter a região em uma verdadeira potência econômica, cultural e social.
De acordo com Ortega, o mais avançado processo é a Alternativa Bolivariana para as Américas (ALBA), iniciativa impulsionada por Venezuela, Cuba, Bolívia e Nicarágua.