Uma campanha unificada

A campanha salarial é o momento de muita importância para os trabalhadores e trabalhadoras de todas as categorias. É a renovação do Acordo Coletivo que está em jogo. Se levado em consideração os aspectos jurídicos, ao ser contratado um trabalhador passa a

Mas ao longo de muitos anos os sindicatos que representam os trabalhadores de uma categoria fazem campanhas salariais, ou seja, convocam assembléias discutem propostas que  serão colocadas em uma documento a ser encaminhado à classe patronal para elaboração de um Acordo Coletivo. Os pontos mencionados visam acrescentar e nunca retirar direitos previstos na CLT. O Acordo Coletivo tem a duração  mínima de um e máxima de dois anos.
 


Estas são questões formais. A ação é prevista na legislação e de alguma forma tem o significado de unir os trabalhadores de uma empresa ou de toda a categoria a buscar avanços e melhorando suas relações de emprego.


 


E cada categoria tem uma data-base para renovação do Acordo Coletivo. É quando começa o maior desafio a ser enfrentado pelas direções sindicais. É o momento de demonstrar competência e reafirmar os compromissos com seus representados.


 


Mas é também o momento de buscar a unidade à partir do local de trabalho, levando a categoria a agir como um conjunto. Para tanto, é necessário preencher requisitos básicos, entre os quais, a clareza na apresentação das propostas, de modo a estimular a luta.


 


Um exemplo pode ser dado, como no caso dos metalúrgicos. A categoria é espalhada por todo o Brasil. E são várias as atividades, desde a transformação da matéria prima como a fabricação de produtos de alta tecnologia. No caso dos trabalhadores cujos sindicatos são filiados à Central Única dos Trabalhadores-CUT, são várias as datas-bases para a renovação do Acordo Coletivo. Os meses de agosto e novembro reinem boa parcela de trabalhadores, que liderados pela Federação cutista já encaminharam a pauta a classe patronal.


 


É o primeiro passo, seguindo-se as reuniões com os sindicatos patronais. As pautas de reivindicações, levando em conta as várias atividades, foram entregues depois de manifestações realizadas em São Paulo, à partir de uma propostas aprovada no recente Congresso da Confederação Nacional dos Metalúrgicos cutistas. A luta está apenas no seu inicio, mas já se sabe que os patrões não gostam de dar moleza. E vão tentar dificultar ao máximo, recusar como puderem as reivindicações. Isto vai exigir muita mobilização, muita disposição de luta, muita organização. E sobretudo, muita unidade entre os trabalhadores das várias fábricas. Os metalúrgicos já tem tradição e por certo vão demonstrar que não vão aceitar nem a protelação nem a enrolação patronal.


 


Uriel Villas Boas, para o Vermelho-SP