Líbano em luto após um ano de agressão israelense
Entre 12 de julho e 14 de agosto de 2006, tropas de Israel atacaram por ar, mar e terra o Líbano, onde foram recebidos com forte resistência pelo Hezbolá. O exército invasor perdeu mais de uma centena de militares e foi mais uma vez varrido do Líbano p
Publicado 12/07/2007 13:09
Para realizar a agressão, Israel utilizou o pretexto de resgatar dois militares israelenses que haviam sido aprisionados pelo Hezbolá em território libanês, dias antes do início da invasão.
E sob a desculpa de atingir o Hezbolá, o exército sionista destruiu boa parte da infra-estrutura do Líbano, arrasou bairros inteiros, bombardeou prédios residenciais, hospitais e escolas, destruiu pontes, viadutos, aeroportos e estruturas de fornecimento de água e energia, além de provocar danos irreversíveis ao meio ambiente. Em 14 de agosto, dia em que Israel abandonou o território libanês, o país foi deixado em meio a um cenário de devastação com mais de 1.200 mortos, 5 mil feridos e quase um milhão de refugiados.
Em sumo, a agressão israelense violou todos os tratados internacionais que tentam limitar os danos humanos nas ações de guerra. E mesmo violando os direitos humanos e os tratados internacionais, a fúria irracional de Israel não conseguiu destruir a persevarança do povo libanês.
Só depois de 34 dias de invasão, a ONU resolveu adotar uma resolução para deter o massacre promovido por Israel em terras libanesas. Os governos da União Européia e dos Estados Unidos evitaram ao máximo discutir a invasão israelense até então.
Com a derrota, o governo de Ehud Olmert foi duramente criticado. Erros graves de comando, de organização e de logística foram apontados pela mídia local, que não digeriu mais uma derrota para os árabes.
As críticas israelenses ao governo derrubaram o general Dan Halutz, chefe das forças armadas do país. Amir Peretz, então ministro da Defesa, e Olmert discutiram publicamente a derrota militar.
Unicef: crianças em situação difícil
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) fez nesta quinta-feira (12) um apelo público sobre a difícil situação das crianças libanesas. A agência chamou a atenção para o problema das bombas de fragmentação, cedidas pelos americanos e lançadas em mais de um milhão de unidades no território libanês pelos agressores sionistas.
Segundo a Unicef, mais de 70 menores de 18 anos foram feridos em explosões de minas e bombas de fragmentação nos últimos meses.
Para o secretário de Relações Internacionais do PCdoB, José Reinaldo Carvalho, a guerra do Líbano se enquadra nas guerras preventivas de Bush, ''enquanto as bombas caíam sobre a capital libanesa, a secretária Condolezza Rice, obstruía na ONU o cessar-fogo, argumentando que o sofrimento do povo libanês a dor de um parto, para o nascimento de uma nova realidade na reagião''.
A vitória libanesa, destaca José Reinaldo, foi um marco pela derrota do mais poderoso exército do Oriente Médio.