Ex-magnata da imprensa é condenado por fraude nos EUA

O ex-magnata da imprensa Conrad Black foi considerado hoje culpado por fraude criminosa, postal, obstrução da Justiça e ocultação de documentos oficiais, pelo júri do caso, que considera que é inocente das outras nove acusações.

Black e outros três executivos da Hollinger International, a terceira maior empresa jornalística anglófona do mundo, eram acusados de participar de uma conspiração para desviar US$ 60 milhões dos cofres da companhia.


 



O júri chegou à conclusão hoje, em Chicago, após 11 dias de deliberações e 14 de julgamento.


 



Os jurados consideram que Black é inocente de crime organizado, entre outras acusações. Agora, ele deve enfrentar dezenas de anos de prisão e o pagamento de milhões de dólares em multas.


 



O juiz deverá agora emitir uma sentença, embora os advogados tenham anunciado que vão recorrer.


 



Black, de 63 anos, fora acusado também de lavagem de dinheiro, mas a acusação foi retirada durante o julgamento.


 



Os outros acusados, os ex-executivos Jack Boultbee e Peter Atkinson, e o antigo advogado da empresa Mark Kipnis, também foram condenados.


 



Nos anos 90, Black controlava a Hollinger International (HI), uma empresa que se transformou no maior império jornalístico do mundo, dedicado exclusivamente à imprensa.


 



Através da HI, o canadense naturalizado britânico Black controlou 59 dos 105 jornais canadenses, além do americano ''The Chicago Sun-Times'', o israelense ''The Jerusalem Post'' e do britânico ''Daily Telegraph''.


 



No total, no final da década, Black tinha sob seu poder mais de 500 publicações no mundo todo.


 



Em 1999, Black se viu obrigado a renunciar ao cargo de executivo-chefe da HI depois que uma investigação interna da própria empresa revelou que o empresário recebeu US$ 32,15 milhões irregularmente.


 



Em 2004, a comissão valores mobiliários dos EUA (SEC) emitiu um relatório acusando-o de praticar ''cleptocracia corporativa'', o que em 2005 fez o promotor federal indiciá-lo por fraude.


 


Fonte: EFE