Ex-magnata da imprensa é condenado por fraude nos EUA
O ex-magnata da imprensa Conrad Black foi considerado hoje culpado por fraude criminosa, postal, obstrução da Justiça e ocultação de documentos oficiais, pelo júri do caso, que considera que é inocente das outras nove acusações.
Publicado 14/07/2007 11:33
Black e outros três executivos da Hollinger International, a terceira maior empresa jornalística anglófona do mundo, eram acusados de participar de uma conspiração para desviar US$ 60 milhões dos cofres da companhia.
O júri chegou à conclusão hoje, em Chicago, após 11 dias de deliberações e 14 de julgamento.
Os jurados consideram que Black é inocente de crime organizado, entre outras acusações. Agora, ele deve enfrentar dezenas de anos de prisão e o pagamento de milhões de dólares em multas.
O juiz deverá agora emitir uma sentença, embora os advogados tenham anunciado que vão recorrer.
Black, de 63 anos, fora acusado também de lavagem de dinheiro, mas a acusação foi retirada durante o julgamento.
Os outros acusados, os ex-executivos Jack Boultbee e Peter Atkinson, e o antigo advogado da empresa Mark Kipnis, também foram condenados.
Nos anos 90, Black controlava a Hollinger International (HI), uma empresa que se transformou no maior império jornalístico do mundo, dedicado exclusivamente à imprensa.
Através da HI, o canadense naturalizado britânico Black controlou 59 dos 105 jornais canadenses, além do americano ''The Chicago Sun-Times'', o israelense ''The Jerusalem Post'' e do britânico ''Daily Telegraph''.
No total, no final da década, Black tinha sob seu poder mais de 500 publicações no mundo todo.
Em 1999, Black se viu obrigado a renunciar ao cargo de executivo-chefe da HI depois que uma investigação interna da própria empresa revelou que o empresário recebeu US$ 32,15 milhões irregularmente.
Em 2004, a comissão valores mobiliários dos EUA (SEC) emitiu um relatório acusando-o de praticar ''cleptocracia corporativa'', o que em 2005 fez o promotor federal indiciá-lo por fraude.
Fonte: EFE