Imprensa estrangeira maravilhada com abertura do Pan

A bela e emocionante festa de abertura dos Jogos Pan-Americanos teve acolhida da imprensa estrangeira. Nos sites de jornais das Américas, os adjetivos elogiosos foram estampados nas manchetes e nos textos de primeira página. As vaias dadas pela classe

O tão crítico e debochado (em relação ao Brasil) ''Olé'', da Argentina, por exemplo, destacou sob o título (em português mesmo) ''Orgulho Brasileiro'', o calor e as cores da festa.


 


Segundo o ''Olé'', a cerimônia de abertura do Pan expressou com fidelidade o espírito do Brasil, com batucada, samba e muito calor e cor. ''O Rio de Janeiro quis e conseguiu. Para abrir os XV Jogos Pan-Americanos e aumentar suas chances de ser olímpica em 2016, nada poupou e mostrou 2h40 de uma festa inesquecível'', publica, em tradução livre, o jornal argentino especializado em esportes.


 


O ''Clarín'', também da Argentina, foi mais comedido, mas elogioso também. O título acima de uma foto da delegação de seu país no desfile de abertura é ''Com uma grande festa, inauguram-se os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro''. O jornal, comentou num arápida passagem as vaias ao presidente Luís Inácio Lula da Silva e o fato de ele ter sido substituído pelo presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, no discurso oficial de abertura.


 


O ''El Pais'', do Uruguai, estampou ''Maravilha pan-americana'' para a festa carioca. ''Com uma cerimônia de tinta espetacular, como só os brasileiros podem fazer na América do Sul, foram inaugurados ontem os Jogos Pan-Americanos Rio 2007 no majestoso estádio do Maracanã'', escreve o jornal uruguaio.


 


O oficial ''Granma'', de Cuba, usou um título e um texto típicos do calor cubano e brasileiro. Sob o título ''Inaugurados os XV Jogos Pan-Americanos ao ritmo de samba'', o site do jornal destaca na sua página interna legenda da foto da delegação cubana na festa que os integrantes do país foram muito bem recebidos pelos cariocas. E acrescenta: ''Os brasileiros têm que ser mais felizes a partir da noite passada, quando após uma cerimônia espetacular no histórico estádio Maracanã, impossível de pôr em preto e branco, foram inaugurados os XV Jogos Pan-Americanos.''


 



Nos Estados Unidos, o ''Washington Post'' destacou na primeira página de sua página na Internet uma foto com um rapaz, no Rio de Janeiro, segurando um cartaz em que se via escrito: ''Corrupção também é violência''. Mas não faz referência ao Pan, é uma ilustração para uma matéria sobre casos de corrupção no Brasil. Sobre a abertura do Pan, o site do jornal da capital americana dá pouco destaque, publicando apenas uma matéria da agência Associated Press, destacando os fogos e a presença do presidente da República e mais cerca de 95 mil pessoas na festa. A agência ressalta que o Brasil exibiu seu maior show numa festa que ''foi um teste de sua habilidade para se transformar em um anfitrião no estágio global dos esportes'', referindo-se ao desejo do Rio de ser sede das Olimpíadas de 2016.


 


Já o ''Los Angeles Times'', mesmo sem destaque, publica matéria assinada por Kevin Baxter, em que a cerimônia, classificada de espetacular, faz o Rio de Janeiro ter esperanças de sediar as Olimpíadas de 2016. Equivocadamente dita como a maior cidade brasileira, o Rio de Janeiro para Baxter ainda precisa superar seus problemas com crime e tráfico, mas deu uma promissora demonstração de criatividade, destacando os fogos de artifício, a cobra e o jacaré gigantes, os 1.500 ritmistas e milhares (sic) de dançarinos que formaram um oceano.


 


O jornal de Los Angeles lamentou a ausência de Pelé, lembrando que foi no Maracanã que ele marcou o seu milésimo gol, mas cita a honra destinada a Joaquim Cruz, ''formando da Universidade de Oregon'', de acender a pira pan-americana.


 


O ''New York Times'' e o ''USA Today'' não deram uma linha sequer sobre a abertura do Pan.



 
Com informações do Globoesporte.com