UFPel garante vagas para assentados
Com 36 votos favoráveis e 20 contra, o Conselho Universitário da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) decidiu pela implantação do Centro de Desenvolvimento Rural Sustentável e imediata utilização dos R$ 3,5 milhões repassados pelo Ministério de Dese
Publicado 22/07/2007 22:20 | Editado 04/03/2020 17:12
Segundo o reitor César Borges, o cronograma para implantar o projeto será definido em 15 dias. Para ele, a decisão interfere na forma como a universidade irá se inserir nas políticas públicas. 'Nas próximas reuniões começarão debates sobre cotas sociais.'
Enquanto os conselheiros discutiam o tema com o reitor, no auditório, dois grupos confrontavam opiniões na rua. Representantes de assentados e pequenos agricultores, Incra, vereadores e sindicalistas pediam acesso à universidade. Já alunos de Veterinária condenavam a forma como o projeto foi conduzido. O presidente do Diretório Acadêmico da Medicina Veterinária, Guinter da Cunha, destacava o privilégio oferecido a um determinado grupo. 'Todos aqui são filhos de agricultores, sem condições financeiras, e tiveram que estudar muito para passar no vestibular.' A representante do Movimento dos Sem Terra, a agrônoma Patrícia Silva, destacou a importância do curso para assentados de reforma agrária, que pela primeira vez terão acesso à universidade. 'Defendemos o Ensino Superior para todos', alega.
Com agências