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Fujimori é interrogado no Chile por corrupção

O ex-presidente peruano Alberto Fujimori foi interrogado por envolvimento em três casos de corrupção, peculato e má-administração de dinheiro público, atualmente investigados no Peru, informou nesta segunda-feira (23) o jornal La Nación.

Segundo a publicação, os interrogatórios foram solicitados pela Procuradoria Anticorrupção peruana. O interrogatório foi realizado no sábado passado pela magistrada do 32º Juizado Criminal de Santiago, Blanca Rojas, responsável pelos três pedidos enviados pelo Peru.



O La Nación informou hoje que, durante o procedimento, o presidente respondeu à maioria das perguntas, mas sempre com evasivas, para não entregar informações que pudessem comprometer a ele ou a algum de seus conhecidos.



Um dos processos envolve José Kamilla Teruya, ex-secretário geral do Palácio durante o governo de Alberto Fujimori, no desvio fraudulento de cerca de US$ 1,6 milhão doados por cidadãos japoneses para familiares das vítimas do seqüestro na embaixada japonesa no Peru em 1997.



Segundo a magistrada peruana Cecilia Pollack, apenas 10% desses fundos foram destinados à ajuda humanitária.



Entre os processados por corrupção e associação ilícita estão também os irmãos Rosa, Juana e Pedro Fujimori; o ex-embaixador do Peru no Japão, Víctor Aritomi, cunhado do ex-presidente; e o assessor Vladimiro Montesinos.



Fujimori também foi interrogado por manejo irregular de fundos públicos da Casa Militar do Palácio do Governo e sobre os programas de turismo interno realizados entre 1999 e 2000 em que a Procuradoria Anticorrupção do Peru supõe a existência de delitos de corrupção e peculato.



Fujimori permanece cumprindo prisão domiciliar enquanto espera a decisão da Corte Suprema em confirmar ou revogar a decisão que negou a extradição do ex-presidente ao Peru, onde responde a doze processos por violação aos direitos humanos, corrupção e delitos econômicos.