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Funcionários dos Correios entregam pauta de reivindicações

Representantes do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (Sintect) entregaram na manhã de hoje à direção da empresa a pauta de reivindicações da categoria. Ao mesmo tempo em que o documento era entregue em Brasília, os servid

O documento entregue inaugura o que os sindicalistas chamaram de fase de negociações. Entre as reivindicações está recomposição salarial desde 1995. A categoria já marcou para o dia 12 de setembro assembléia com indicativo de greve à  zero hora do dia 13.


 


José Rivaldo da Silva, integrante da Federação Nacional dos Correios e Telégrafos disse que há uma discrepância entre os salários pagos pela empresa. “Enquanto alguns diretores recebem R$ 24 mil, a maioria dos funcionários recebem salários que não ultrapassam R$ 1 mil. Entendemos que essa situação tem que mudar, pois na época em que a imagem dos Correios ficou manchada por denúncias, coube aos funcionários levanta-la”, disse.


 


Outra reclamação dos empregados é o fato de não terem sido consultados pela empresa no momento da elaboração do Plano de Cargos, Carreiras e Salários. “Em 2005, a empresa apresentou um projeto de PCCS construído por ela e nós repudiamos esse processo em assembléia e construímos essa proposta que apresentamos aqui hoje”, disse Maria de Lourdes Félix, representante da Coordenação Nacional de Elaboração do PCCS.


 


Funcionária há 30 anos, Maria de Lourdes disse que a qualidade do trabalho nos Correios só piorou durante esse tempo, devido às exigências da empresa, que cada vez mais agrega funções sem oferecer ter infra-estrutura necessária e adequada.


 


“Hoje eu diria que os Correios são um banco de serviços. Prestamos serviços para a Receita Federal,  Bradesco, bancos de vários estados do país, vendemos Tele-Senas, fazemos inscrições para concursos público. E falta condições, os funcionários trabalham de forma precária, arriscando suas vidas e às vezes perdendo dinheiro como os carteiros”, disse.


 


Ela salientou que a categoria também pretende fazer com que ocorra mais contratações, pois segundo Maria de Lourdes, muitos carteiros no desejo de cumprirem suas metas de entregas diárias acabam trabalhando além de sua jornada semanal.


 


A direção dos Correios informou que o documento será analisado por uma comissão, mas salientou que os funcionários poderiam ter agido há mais tempo, pois falta apenas uma semana para que o acordo coletivo 2006-2007 termine.


 


José Rivaldo da Silva disse que não teme retaliação da empresa, já que isso só ocorria no passado. “Mas se houver, procuraremos nosso direito”.


 


Fonte: Agência Brasil