Funcionários dos Correios negociam reajuste

O secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (Sintect) no Rio Grande do Sul, Golbery Félix Valoria, afirma que os trabalhadores estão com os salários desvalorizados desde 1995, governo de Fernando Henrique Cardoso.

“Estamos reivindicando R$ 200,00 de aumento real no salário. Ou seja, se um trabalhador ganha R$ 500,00 irá passar para R$ 700,00; se um diretor ganha R$ 15 mil, vai passar para R$ 15,2 mil. É onde vai beneficiar o trabalhador da base”, diz.

Golbery também reclama da discrepância dos salários na empresa, o que poderia ser amenizado com um plano de carreira mais justo. No entanto, o trabalhador afirma que os Correios apresentou, em 2005, um Plano de Cargos, Carreiras e Salários sem consultar os funcionários. A categoria discordou do projeto e levou uma nova proposta à direção nesta segunda, em Brasília.

“Nossa expectativa é que, quando chegue perto de 1º de Agosto, a empresa comece a acenar com alguma proposta. Nosso interesse é negociar o mais rápido possível porque nossos salários estão defasados”, diz.

Além da reposição salarial de 47,7%, do aumento real de R$ 200,00 e alterações no plano de carreiras, os trabalhadores querem novas contratações e aumento do vale-alimentação. Nesta quarta-feira, os funcionários realizam mobilizações contra a terceirização na empresa em algumas capitais, como em Curitiba, no Paraná. No dia 23 de Agosto, a categoria terá um dia de paralisação nacional para pressionar as negociações. A expectativa é de que a primeira reunião entre servidores e direção dos Correios ocorra na primeira quinzena de Agosto.

No Rio Grande do Sul, existem cerca de sete mil funcionários trabalhando nos Correios.

Agência Chasque