Pescadores cobram transparência em processo contra Petrobrás

Os pescadores, que sofreram com o vazamento na Baía de Guanabara, em 2000, se reuniram no dia 21 em São Gonçalo, com o autor da ação, o advogado George Telles, para obterem esclarecimentos sobre quais dos 20.517 pescadores representados na ação teriam dir

O advogado informou que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro condenou a Petrobrás em última instância a pagar as indenizações, mas que ela ainda pode entrar com um recurso para levar o processo ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ), instância superior ao órgão estadual. O advogado disse ainda que o valor da indenização pedida no processo chega a cerca de R$1,230 bilhões.



O ambientalista Sérgio Ricardo, que é testemunha a favor dos pescadores, disse que, nesses sete anos, as atividades pesqueiras na Baía foram duramente afetadas.



“Nesse período, o pescador regional empobreceu e a poluição na Baía de Guanabara está intensa. Hoje, a pesca na Baía de Guanabara está impossibilitada e o pescador regional é uma espécie ameaçada de extinção”, informou o ambientalista.



Ele disse ainda que está prevista para esta semana uma visita ao Tribunal de Justiça do Rio para pedir mais transparência no processo judicial e também para que quando a lista com os nomes dos beneficiados com as indenizações estiver pronta, que ela seja divulgada em cada Fórum das cidades onde moram os pescadores.



Sérgio Ricardo listou os municípios mais afetados com o vazamento de 2000: Niterói, São Gonçalo, Guapimirim, Magé, Itaboraí e, no Rio de Janeiro, as regiões do Caju, Ilha do Governador, Marcílio Dias, Ramos e Paquetá.