Metroviários organizam luta pela PR. Greve está decretada
Metroviários reunidos em assembléia desta terça-feira, 24/7, decretaram greve para o dia 1º de agosto e programaram outras ações de mobilização e pressão contra o governo do Estado e Cia. do Metropolitano.
Publicado 25/07/2007 16:52 | Editado 04/03/2020 17:19
A categoria reivindica seu direito à Participação nos Resultados (PR) referente ao ano de 2007, com base no valor de uma folha e meia de pagamento, dividido igualmente a todos, e uma antecipação ainda no mês de julho.
Uma nova assembléia será realizada no dia 31/7, terça-feira, e, caso a empresa não apresente nenhuma proposta financeira para a antecipação da PR, os metroviários organizarão a greve de 1º de agosto.
O acordo
Fez parte do acordo do fechamento da campanha salarial a seguinte afirmação: “A empresa se compromete a negociar com o Sindicato o novo contrato de Participação nos Lucros e Resultados, apresentando a proposta final até 23/07/2007”.
No entanto, embora tenham assumido um compromisso com a categoria, a empresa e governo estadual se recusaram a negociar a PR desde o fim da campanha salarial e apresentaram uma proposta financeira e de contrato que não contemplam a categoria. Além da previsão de pagamento das parcelas ser fevereiro de 2008, o teor da proposta estabelece metas que os metroviários não têm controle, pois dependem de financiamentos e política de governo, para investimentos e expansão do sistema.
A PR e a lei
A PR é um direito garantido pela Lei 10.101, de 2000, que regula a participação de todos os trabalhadores brasileiros nos lucros ou resultados da empresa, seja ela pública ou privada, de forma a compensar o esforço do trabalhador. Mas desde 1994 uma Medida Provisória cumpria este papel, tornado este direito viável a todos os trabalhadores.
Os metroviários negociam a PR desde 1996, porém, o Metrô sempre dificultou o seu pagamento, e neste ano não está sendo diferente.
Ocorre que, além de ser amparado por uma lei, o direito à PR é baseado no aumento da demanda de trabalho dos metroviários, da produtividade e manutenção da qualidade da prestação de serviço.
Aqui é importante ressaltar que o quadro de funcionários da estatal está defasado, o que obriga os funcionários a fazer horas extras excessivas, inclusive reduzindo o tempo das refeições e intervalos.
Por estes motivos, os metroviários não desistirão e farão valer o que lhes é direito.
Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metroviários