OAB-SP orquestra movimento de oposição ao governo Lula

Inconformados com a reeleição de Lula, os setores conservadores da sociedade brasileira têm lançado mão dos mais variados expedientes para promover uma campanha de desmoralização e desestabilização do governo federal. Entra para o rol dessas iniciativas o

“Cansei” é definido pelo presidente da OAB-SP, Luis Flávio Borges D’Urso, como “um movimento, que tem como premissas ser apartidário e apolítico. É um movimento cívico, não é contra ninguém, mas a favor do povo brasileiro, da cidadania e do Brasil”.



Todavia, por trás da consigna da cidadania e utilizando politicamente o descontentamento – incitado pela mídia – de parte da sociedade com a política e os políticos, “Cansei” representa mais uma iniciativa reacionária e conservadora de setores da elite brasileira para golpear o presidente Lula e seu governo.



À frente da maior seccional da Ordem dos Advogados do Brasil há quatro anos, reeleito em 2006 para o seu segundo mandato, D'Urso tem imprimido uma gestão pautada pelo alinhamento político com setores do PSDB. Isso ficou evidente pelas posições assumidas pela OAB na luta institucional, colocando a seção paulista de uma das entidades de maior tradição democrática do país como um instrumento a serviço dos setores conservadores, imprimindo-lhe uma direção política jamais vista em sua história.



No auge da crise política de 2005, a OAB-SP chegou a pedir o impeachment do presidente Lula e, associada a outros setores da elite paulista, como a Associação Comercial de São Paulo, promoveu uma “marcha silenciosa pela ética”, na qual tremulavam as bandeiras do PSDB e do PFL. “Cansei” é o prolongamento dessa investida política da atual direção da OAB-SP.



Da redação, com agências