Greve na educação chega a 69 dias no Maranhão

“Os trabalhadores na rede estadual de educação, em greve há mais de 60 dias, foram surpreendidos sexta-feira (dia 28) pelo desconto arbitrário e ilegal dos dias parados. A revolta da categoria cresceu com as inverdades veiculadas na Nota Oficial publicada na primeira página dos jornais da capital. Diante de tão graves fatos, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão vem a público:

1. Repudiar e reafirmar que o desconto dos dias parados dos salários dos servidores grevistas é ilegal por contrariar decisão judicial da desembargadora Maria das Graças de Castro Duarte Mendes,que em seu despacho reduz a multa diária sobre o sindicato de R$ 50 mil para R$ 10 mil e suspende o desconto dos dias parados dos salários dos servidores grevistas;

2. Informar que tomará as medidas jurídicas cabíveis para obrigar o Governo Estadual a repor imediatamente, em folha suplementar, os valores descontados, conforme decisão judicial;

3. Esclarecer que é inverídica a afirmação de que o Governo do Estado participa neste momento de mais uma negociação junto ao sindicato da categoria, pois desde o início de junho o governo suspendeu, unilateralmente, as negociações e optou pelo confronto judicial;

4. Proclamar que o Sindicato continua aberto à negociação e acreditando que através do diálogo respeitoso poderemos encontrar alternativas à Lei 8.592, sem que os direitos do funcionalismo estadual sejam sacrificados;

5. Reafirmar que a luta dos educadores públicos – professores e técnico-administrativos – do Maranhão continua, pois objetiva um ensino público de qualidade com respeito aos direitos dos seus trabalhadores e estudantes;

6. Por fim, conclamar a categoria a manter-se unida refutando essas manobras, mobilizando-se cada vez mais e participando das atividades do Acampamento em frente ao Palácio dos Leões.”

Odair José
Presidente do Sinproesemma

Fonte: Vermelho-MA