Juventude vai protagonizar discussão sobre políticas públicas

O secretário-adjunto da Secretaria de Juventude e coordenador geral da conferência, Danilo Moreira, disse que a proposta de conferência nacional – a primeira convocada pelo governo federal – tem como objetivo garantir espaços para que a juventude participe e ajude no debate com a sociedade.

A conferência nacional será anunciada pelo Presidente Lula até o final de agosto e lançada oficialmente no próximo dia 22 de setembro – Dia da juventude – junto com uma série de medidas e programas do governo federal para o setor.

O processo de realização da conferência nacional será iniciado no segundo semestre deste ano, com os debates nos estados e municípios. “O processo que começa agora tem a ver com compromisso do governo de abrir canais de participação na elaboração de políticas públicas”, destacou Danilo Moreira.

Melhoria da sociedade

Ele aponta como preocupações principais da juventude as questões referentes a trabalho, educação, cultura e esporte e meio ambiente. Danilo acrescenta que “a juventude organizada e atuante nos momentos decisivos do país, tem preocupação com suas questões e demanas, mas tem sentido de generosidade maior e demonstra preocupação com futuro do país e melhoria da sociedade”.

Segundo o secretário nacional de Juventude, Beto Cury, o debate sobre políticas públicas de juventude ajuda a consolidar a Política Nacional de Juventude, criada em 2005. Atualmente, o governo federal possui 19 programas voltados para esse segmento social, dando oportunidades para mais de 800 mil jovens em todo o Brasil.

“O governo federal ampliará ainda mais nesse segundo mandato as ações voltadas para a juventude. Iremos integrar os programas já existentes, ampliando a escala de atendimento para até 4,5 milhões de jovens nos próximos três anos”, explica.

Discussão recente

Para a representante da Fundação AVINA-Nordeste, Neylar Lins, que participou do seminário, o tema das políticas públicas de juventude é relativamente recente em todo o mundo e o seminário oferece a possibilidade de uma análise comparativa entre o Brasil e outros países, além de estreitar o diálogo entre o setor privado e o governo, em especial com relação à educação e trabalho dos jovens.

“Temos necessidade de diálogo, de ampliar o debate e reduzir as distâncias entre governo, sociedade civil e iniciativa privada”, considera.

Para o secretário-geral do Grupo de Institutos Fundações e Empresas (GIFE), Fernando Rossetti, a questão da juventude é hoje bastante complexa e desafios como este só se superam com articulações intersetoriais. “Por tudo isso, para nós é absolutamente crucial desenvolver diálogos que levem a uma visão compartilhada entre os diversos setores da sociedade sobre a questão da juventude e, principalmente, resultem em ações alinhadas que acelerem o acesso a direitos e oportunidade aos jovens”, afirma.

De Brasília
Márcia Xavier