Tarso defende “mobilização e negociação” para a reforma política
O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou nesta terça-feira (31) que levará proposta de debate sobre a reforma política para a reunião do Conselho Político do governo federal. Ele esteve reunido na manhã de hoje com o presidente da Ordem dos Advogado
Publicado 31/07/2007 16:06
Para Cezar Britto, o momento é ideal para a reforma. Ele deu como exemplo o financiamento público de campanha: “Não podemos perder essa oportunidade histórica de votar a reforma política.”
O ministro Tarso Genro concordou com o presidente da OAB. “A reforma política só sai no país com dupla mobilização. Uma mobilização das lideranças políticas no Congresso e uma mobilização na sociedade. Porque uma reforma política não será realizada apenas contrastada com os interesses dos atuais partidos e das atuais lideranças, que são interesses legítimos”, disse o ministro.
O Senado e a Câmara retornam às atividades parlamentares amanhã, depois de 15 dias de recesso.
Na véspera de o Congresso Nacional entrar em recesso parlamentar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o debate sobre reforma política, alegando que era necessário acabar com a hipocrisia e votar as medidas contidas na proposta. “Acho que ela [reforma política] é imprescindível para que a gente possa arrumar o país. É preciso acabar com a hipocrisia. Se queremos moralizar, precisamos ter coragem de discutir o financiamento público. É mais barato, mais fácil de controlar e o cidadão eleito não fica devendo favor a ninguém”, disse Lula durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
Lula apelou para que o “medo” não limite as ações dos parlamentares e as discussões sobre o assunto.
A reforma política deverá ser retomada em agosto na Câmara. Mas não há garantias de aprovação, pois os setores mais conservadores do parlamento, liderados pelo PSDB, têm boicotado todas as iniciativas de reformulação da legislação eleitoral.
Da redação,
com agências