Greve dos trabalhadores na indústria têxtil continua
Desde o último dia 24 de julho, os trabalhadores da indústria têxtil do Ceará estão em greve. Já houve manifestações e paralisações em frente à Unidade I da Vicunha, e na Têxtil Horizonte, ambas em Maracanaú.
Publicado 07/08/2007 17:00 | Editado 04/03/2020 16:37
Em alguns locais o movimento grevista conseguiu a adesão de 80% dos funcionários das indústrias têxteis. Hoje, o setor emprega aproximadamente 20 mil pessoas em todo o Ceará.
A greve foi decidida em assembléia realizada no dia 14 de julho, conjuntamente com o Sindicato dos Trabalhadores de Fiação e Tecelagem do Ceará, que representa Fortaleza, Horizonte e Pacajus, dentre outros. A paralisação foi motivada pelo não avanço das negociações com a entidade patronal – o Sindicato das Indústrias Têxteis do Ceará (Sinditêxtil-CE) – que começaram em abril deste.
As entidades sindicais dos trabalhadores reivindicam pisos de R$ 393 para trabalhadores não qualificados e de R$ 412,80 para funcionários qualificados e reajuste de 6% para os demais profissionais do setor. Há intransigência dos empresários na negociação. Na tarde desta terça-feira (07/08), haverá uma nova tentativa de fechamento da Convenção Coletiva de Trabalho na Procuradoria Regional do Trabalho.
O Sindicato informa que um dos impasses agora na mesa de negociação é a estabilidade e o abomo das faltas para aqueles trabalhadores que aderiram a greve. A empresa tem pressionado os trabalhadores a voltarem para seus postos de trabalhos, ameaçando-os de demissão.
Fonte: CUT/Ce