Acordos assinados com a Argentina são históricos, diz Chávez
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, qualificou de históricos os acordos assinados com a Argentina durante sua visita ao país esta semana, a segunda em 2007.
Publicado 09/08/2007 14:22
Em entrevista coletiva antes de viajar ao Uruguai, seu seguinte destino de uma turnê sul-americana, o presidente explicou a transcendência do Tratado de Segurança Energética (TSE) assinado com o presidente Néstor Kirchner, que assegurará o fornecimento de combustível à Argentina.
O Tratado prevê a formação da empresa estatal binacional Petrosuramérica, empresa que englobará as áreas de petróleo, gás, refino, petroquímica, desenvolvimento de infra-estrutura de transporte, entre outros, na Argentina. A empresa absorverá 10 milhões de m³ de gás por dia enviados pela Venezuela à Argentina a partir de 2009.
“Em dois anos liquefaremos o gás que estamos extraindo”, afirmou hoje o presidente venezuelano, que prognosticou que servirá “para o desenvolvimento da grande nação Argentina”.
Chávez reafirmou que um segundo documento desse tipo será assinado no Uruguai com o presidente Tabaré Vázquez, lembrou que atualmente estão em estudo novos acordos com a Bolívia, Equador e a Nicaragua e apontou que com Cuba tudo já está funcionando na prática.
Resposta à Alca
O presidente venezuelano opinou que esses tratados serão a resposta integradora dos países latino-americanos aos Tratados de Livre Comércio (TLC), aos quais qualificou de “alquistas”, em referência à Alca (Área de Livre Comercio das Américas), que os Estados Unidos, sem sucesso, tentaram impor.
Chávez dedicou especial importância também aos acordos de cooperação e transferência tecnológica que foram assinados, na última terça-feira (7), durante sua visita ao Instituto Nacional de Tecnología Industrial (INTI), o qual significa a instalação de 53 empresas na Venezuela.
Antes o líder bolivariano expressou: “Nunca dizemos que o caminho da união seja fácil, mas nós venceremos estes obstáculos”.
Por sua parte, Kirchner confirmou seu apoio à entrada da Venezuela como sócio pleno ao Mercado Comum do Sur (Mercosul). “Acreditamos firmemente na consolidação do Mercosul. A contribuição da Venezuela é muito importante”, apontou o presidente argentino.
Fonte: Granma