Servidores da UFC em greve discutirão reivindicações na Câmara Municipal
O comando de greve dos servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Ceará (UFC) participa de audiência pública, na Câmara Municipal de Fortaleza, amanhã, dia 10 de agosto, a partir das 9 horas. A audiência vai tratar da pauta de reivindic
Publicado 09/08/2007 14:07 | Editado 04/03/2020 16:37
Os vereadores de Fortaleza e a população vão discutir com os técnico-administrativos três eixos da greve da categoria. Os servidores estão há mais de dois meses em greve pelo aprimoramento da carreira, acordado desde 2005 com Governo Federal, mas ainda não cumprido e pelo veto do PLP-01/07, Projeto de Lei Complementar, originário do Plano de Aceleração do Crescimento(PAC), que congela os salários dos servidores por dez anos.
Outro motivo da greve dos servidores da UFC é o projeto de transformação dos hospitais universitários em Fundação Estatal de Direito Privado. Para os servidores, a mudança do modelo de gestão é uma espécie de privatização disfarçada. Caso o projeto seja aprovado pelo Governo, o poder público vai se desobrigar da manutenção dos hospitais universitários e passar a contratar funcionários para essas unidades pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
No entendimento dos servidores públicos federais, a medida seria um prejuízo aos usuários que dependem dos serviços prestados pelos HUs, pois como Fundação Estatal essas unidades podem passar a vender serviços para ampliar suas receitas e reduzir o atendimento público através do Sistema Único de Saúde (SUS).
Hoje, 45 hospitais universitários são vinculados às Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), inclusive o Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) e a Maternidade-escola Assis Chateaubriand (Meac), ligados à UFC. Só em 2006, a Meac realizou 5.024 partos e 52.258 consultas. No HUWC, foram feitas 153 mil consultas e cerca de 902 mil exames no ano passado.
Fonte: Imprensa Sintufc