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Nacionalistas escoceses anunciam plano de independência

O Partido Nacionalista Escocês (SNP) apresentou nesta terça-feira (14) um plano para convocar um referendo pela independência da Escócia, apesar da oposição dos principais partidos políticos do país.

Os ministros do governo indicaram que os escoceses têm o direito de eleger seu futuro, no entanto, o Trabalhistas, os Conservadores e os Liberais Democratas alegaram que a proposta não teria respaldo popular e que seria “uma perda de dinheiro”.



O primeiro ministro escocês, Alex Salmond, anunciou seus planos no Parlamento de Edimburgo, após a publicação de um plano de governo. O documento tem como objetivo começar um diálogo nacional sobre o futuro da Escócia.



No projeto, de cerca de 40 páginas, Salmond propõe uma votação ou um referendo para a independência, mas também não descarta outras alternativas para obter esse objetivo.



O documento aponta que o provável referendo será realizado em 2010 e deverá perguntar aos escoceses simplesmente se eles querem ou não separar-se do Reino Unido.



O premiê sabe que seu plano tem poucas chances de sucesso. Dos 129 deputados que compõem o parlamento local, o seu partido possui 50 vagas.  Contudo, em uma pesquisa não-científica do jornal The Scotsman, 79% dos leitores desejam a independência.



Na segunda-feira, uma coalizão dos partidos escoceses que são favoráveis à permanência do país como parte da Grã-Bretanha alegou que o plano causará danos à Escócia, supondo que ele geraria “mais incertezas”.



Esses grupos políticos pretextam que Salmond não conta com o apoio político no Parlamento de Holyrood, onde o SNP é minoria. Os grandes partidos políticos escoceses vinculados ao Reino Unido, exceto os Verdes, que contam com dois parlamentares, não defendem a independência da Escócia.



Os nacionalistas afirmam que existe um consenso político para começar a falar de independência. Pouco antes da apresentação do projeto, Salmond contou à BBC que a Escócia “está vivendo um dia muito importante”.



“Nós embarcamos hoje em um diálogo nacional para que o povo da Escócia analise uma série de opções”.



“É fantástico porque até mesmo os outros partidos têm que reagir e dizer sim, temos que aceitar que existem mudanças”, destacou.



“Inclusive creio que aprendemos coisas, como por exemplo que não é uma opção que não haja mudanças, haverá mudanças, que serão para o bem”, acrescentou.



Segundo Salmond, o governo “está deixando claro sua oposição, no entanto também está começando a dialogar para deixar que o povo da Escócia fale”.



Em 1707, Inglaterra e Escócia foram unificadas como o Reino da Grã-Bretanha. Este ato suprimiu Inglaterra e Escócia como reinos separados, conforme a lei de União 1707 (Union Act 1707).


 


Da redação, com agências