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Terremoto no Peru mata mais de 300 pessoas

O número de mortos no terremoto de 7,9 graus na escala Richter que atingiu o Peru na noite desta quarta-feira (15) subiu para 337, informou a Defesa Civil peruana na manhã desta quinta. Ao menos outras 1.350 pessoas ficaram feridas no tremor de terra.


“O registro que temos até o momento é de 337 mortos, que corresponde aos Departamentos de Ica (sul) e Lima (centro)”, disse Walter Tapia, chefe de operações de emergência da Defesa Civil. Segundo ele, ao menos 350 casas foram destruídas.



Autoridades peruanas temem que os estragos causados pelo terremoto possam ser ainda maiores. Segundo o Centro de Estudos Geológicos dos Estados Unidos, o tremor teve seu epicentro próximo à cidade costeira de Chincha Alta, 160 quilômetros ao sul da capital, Lima.



O Instituto Sismológico do Peru localizou o epicentro do terremoto, que ocorreu na às 18h41 (20h41 de Brasília), em uma região do mar localizada 169 km a sudoeste de Lima, com uma profundidade de 47 km. A duração do sismo foi de 2 minutos, segundo o instituto.



De acordo com o presidente peruano, Alan Garcia, a pior destruição ocorreu em Canete, Chincha e Ica. “Nós decretamos estado de emergência no Departamento de Ica para garantir que os governos regionais e os ministérios possam resolver rapidamente os problemas”.



Em Lima, muitas janelas se quebraram e os serviços de telefonia celular foram interrompidos. Moradores de cidades do interior do país sentiram fortemente o tremor, assim como os peruanos que vivem em localidades costeiras e na região das montanhas.



A cidade costeira de Pisco, ao sul de Lima, foi a mais atingida pelo terremoto. A eletricidade foi cortada, de acordo com Luis Palomino, chefe da Defesa Civil.



Após o terremoto, escolas foram fechadas, segundo a ministra peruana do Trabalho, Susana Pinilla Cisneros. Ela acrescentou que o Ministério do Trabalho e outros prédios públicos em Lima foram danificados pelo tremor.



O tremor gerou alerta de tsunami no Peru, Equador, Chile, Colômbia, Nicarágua, Guatemala, El Salvador, México e Honduras. O alerta, que causou a retirada de pessoas de algumas regiões, foi cancelado no final da noite, segundo o Centro de Alerta de Tsunami no Pacífico.



O Centro de Advertência de Tsunamis no Havaí (Estados Unidos) confirmou em um relatório que o terremoto gerou uma ressaca em frente à costa norte do Chile. Mas minutos mais tarde suspendeu o alerta de possíveis ondas gigantes no litoral americano.



Pânico



Na capital, os habitantes se lançaram às ruas ao sentir o forte tremor, seguido de pelo menos três réplicas. Houve deslizamentos de terra e pedras sobre as estradas que conduzem ao centro e sul do país, segundo o chefe de Defesa Civil, Luis Palomino. A estrada que percorre o litoral foi fechada, devido à queda de pedras e às grandes ondas que inundaram a via.



Em Callao, uma pequena península no nível do mar, também caíram muros de casas e alguns habitantes correram para as ruas.



No entanto, os danos materiais mais graves, segundo Palomino, foram em uma igreja e no estádio de Ica, que praticamente ficaram destruídos. Outros imóveis caíram nas cidades de Chincha, Pisco e Cañete, todas no caminho entre Ica e Lima.



Outros países



O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, ordenou a “retirada parcial” do porto de Tumaco, no extremo sudoeste do país, e de outros povoados do litoral do Pacífico, próximos ao Equador. Edifícios altos de Bogotá e de outras cidades também foram afetados pelo terremoto, assim como em La Paz.



No Equador, o Instituto Oceanográfico da Armada (Inocar) pediu às autoridades de localidades litorâneas e às capitanias dos portos que se mantenham em alerta e observem o comportamento do mar.



No litoral sudoeste do Equador foi possível sentir o terremoto. Mas por enquanto não há informações de vítimas nem danos



Em outubro de 2005, um terremoto de 7,6 graus na escala Richter que atingiu o Paquistão deixou cerca de 75 mil mortos, no Paquistão e na Índia.



Da redação, com agências