Partidos lançam bloco de esquerda no Pará

Aconteceu nessa última sexta-feira dia 17 de agosto, no auditório da Assembléia Legislativa do Estado do Pará o lançamento do bloco de esquerda no estado do Pará, composto pelos partidos: PDT, PSB, PCdoB, PMN, PHS e PMN.

O evento contou com diversas lideranças populares, do movimento sindical e de juventude, além centenas de militantes dos partidos que compõem o bloco, o auditório 'João Batista' ficou lotado e pequeno para centenas de lideranças políticas e vereadores de vários municípios paraenses.



Foi chamado para dirigir a atividade, os presidentes regionais dos partidos; Orlando Bordalo – PSB, Leila Márcia – PCdoB, José Martinez – PMN, Suely Medeiros –  PHS, o deputado estadual Luis Cunha – PDT, deputado federal e presidente do PDT Giovanni Queiros,  deputado estadual do PSB Cássio Andrade – PSB, o Delegado Regional do Trabalho – DRT, Fernando Coimbra e o ex-deputado estadual do PCdoB na ALEPA Neuton Miranda, dirigente regional do PCdoB e atual Gerente regional do Patrimônio da União.


 


Há 45 dias o bloco nacional foi lançado no Congresso Nacional, com um manifesto de apoio aos principais programas e políticas do governo Lula, assim como também fez o 'bloco paraense de esquerda', em apoio ao governo de Ana Júlia (PT), mesmo sem a presença do partido da governadora na coalisão e de um representante do governo no lançamento.


 


Orlando Bordalo, presidente regional do PSB, afirmou que o bloco de esquerda representa a identidade e o sonho de mudar o Brasil. 'Muitas coisas mudaram, mas a maioria da população continua excluída, na pobreza absoluta, precisamos defender um modelo em que elas realmente participem do desenvolvimento do país', ressaltou. Ele acredita que mesmo com algumas diferenças entre os 6 partidos o bloco será capaz de conciliar os interesses políticos com os ideológicos e garantir um projeto de interesse para a maioria da população.


 


Newton Miranda, diretor do Departamento de Patrimônio da União (DPU) e comunista histórico considera a união das forças de esquerda um ato histórico de coragem. 'É muito importante para fortalecer a atuação política porque são partidos de expressão nos governos federal, estadual e nos movimentos sociais', afirmou. Newton Miranda destacou que o PC do B sempre considerou que em determinadas situações a correlação de forças políticas exige alianças, como acontece agora para tentar consolidar a união da esquerda com o centro-esquerda.


Nós sempre mantivemos boas relações com todos esses partidos e hoje há necessidade dessa união da esquerda mesmo com um governo de coalizão como o do presidente Lula'. Ele acredita que o bloco de esquerda chegará com candidaturas fortes na maioria dos municípios paraenses.


 


Para o deputado federal Giovanni Queiroz (PDT), com a terceira maior bancada no Congresso Nacional, o bloco de esquerda pretende fortalecer esse grupo em todo o Brasil. 'Como base de apoio dos governos de Lula e Ana Júlia queremos contribuir de forma crítica e responsável, fortalecer nossas posições para sermos ouvidos e chegarmos unidos para todas as próximas eleições. Segundo Queiros, o bloco já está fazendo um mapa das possibilidades de lançar candidaturas próprias aqui no Estado porque há muita confiança nessa união de forças. Mas ele reconhece que há divergências locais que serão mantidas e poderão dificultar as alianças. Mesmo assim, o bloco de esquerda pretende diminuir a maioria delas.


 


Leila Márcia Santos, Presidente Estadual do PCdoB no Pará, afirmou que esse evento é um ato histórico que busca construir um outro cenário na correlações de forças na política paraense, no qual deverá se refletir na batalha eleitoral de 2008. Afirma ainda que o bloco vai lutar por mudanças profundas no governo Lula, no sentido de rompimento com o modelo econômico herdado dos tucanos no qual sustenta banqueiros em detrimento da produção e do trabalho.


 


Temos que enfrentar as questões serias como a política social, que avançou no governo do presidente Lula, mas nos precisamos de desenvolvimento social  efetivo e duradouro, e não tem como conciliar isso com o atual modelo econômico conservador, frisou Leila.


 


De Belém,
Moisés Alves