Professores iniciam caravana pela educação no RS
Professores da rede estadual de ensino e o Cpers Sindicato iniciaram, nesta segunda (27), uma caravana em defesa da educação pública no Rio Grande do Sul. As primeiras atividades ocorreram em Cerro Largo, na região Noroeste. Nesta semana, prossegue nas
Publicado 27/08/2007 12:04 | Editado 04/03/2020 17:12
Cada núcleo do sindicato promove um dia inteiro de debates nas escolas da sua região. No final das atividades, os professores, com o apoio de sindicatos e da comunidade, fazem um ato público. Entre os principais temas abordados estão o processo de junção de turmas, multiseriação e a falta de verbas para as escolas públicas. A presidente do Cpers, Simone Goldschmidt, lembra que a direção central do sindicato, que fica em Porto Alegre, irá participar de toda a caravana. De acordo com Simone, as atividades pretendem denunciar a política prejudicial do governo para a educação gaúcha.
“O desmonte da educação não vem sozinho. Ele faz parte de todo um pacote que o governo do Estado está implementando em seu projeto, de transformar o Rio Grande do Sul em um Estado cada vez menor em investimentos nas questões sociais, entre elas a educação, a saúde e a segurança. Essa caravana tem o objetivo de conscientizar não somente a nossa categoria, mas toda a comunidade escolar”, afirma.
Em cada semana, a caravana irá passar por quatro núcleos diferentes, encerrando as atividades no final do mês de Novembro. Nesta terça (28), as atividades ocorrem em Santa Rosa. Os professores pretendem visitar as 12 escolas públicas que existem na cidade para discutir os problemas da educação. Eles encerram a caravana com um ato público no centro de Santa Rosa.
Aladio Kotowski, presidente do núcleo do Cpers na região, conta que seis escolas da cidade, ou seja, a metade, foi atingida pela enturmação. Apesar de serem todas turmas de ensino médio, Aladio teme que a junção atinja o ensino fundamental, o que será bem mais prejudicial.
“Nós estamos no pior ano letivo que a gente teve nos últimos anos. Há a falta de professores, não nas salas de aula, mas em laboratórios, falta biblioteca. Está tendo um atraso muito grande no repasse de verbas em relação à autonomia financeira das escolas. Não estamos tendo o respaldo de um governo, que é o mantenedor da educação pública”, diz.
Na próxima semana, a caravana do Cpers chega às regiões de São Borja, São Luiz Gonzaga, Santo Ângelo e Soledade.
Agência Chasque