Comerciários gaúchos participam de seminário para criação de Central Classista e Democrática

Cerca de 200 dirigentes sindicais de 20 estados brasileiros estiveram reunidos discutindo e construindo emendas de dois documentos-base para a formação e o embasamento político-ideológico da Central Classista, que será lançada em dezembro. O seminário

“O seminário foi surpreendente e altamente positivo”, descreveu o coordenador nacional da Corrente Sindical Classista João Batista Lemos. Segundo ele dois fatores foram importantes. O primeiro diz respeito à representatividade, e o segundo está relacionado ao alto nível dos debates realizados durante os dois dias do encontro.


 


Batista explicou que foi discutido um projeto de nação, que não tem como eixo qualquer tipo de desenvolvimento, mas somente aquele em que haja valorização do trabalho. “Nós temos que discutir um projeto de desenvolvimento sob a ótica da soberania nacional e dos interesses do povo brasileiro – sobretudo da classe dos trabalhadores. São eles que produzem a riqueza desse país”. 


 



Outro ponto debatido foi a organização sindical, passando por todos os âmbitos: comitê sindical de base, comitê sindical da categoria, sindicatos, federações, confederações, centrais e coalizão das centrais sindicais. Batista afirmou que, somente através da união de todos esses fatores, “os trabalhadores terão peso, alterando a correlação de forças para ter mais influência nos rumos políticos em nosso país”.


 



A visão dos gaúchos na construção da Central Classista e Democrática 


 



Os comerciários gaúchos que participaram do seminário ficaram entusiasmados com a nova possibilidade de unidade da luta dos trabalhadores brasileiros. Eles entendem que está surgindo uma alternativa de reaproximar os interesses das diversas categorias de trabalhadores em uma mesma luta. A luta pelo desenvolvimento do país com a participação real dos trabalhadores. 


 



Para a presidente do Sindicato dos Comerciários de Ijuí, Rosane Simon, a Central Classista está sendo construída para ser um forte instrumento na defesa de um Brasil mais voltado aos interesses dos trabalhadores. Rosane explica que a proposta da nova central é de que homens e mulheres tenham as mesmas oportunidades de acesso ao que é produzido e aos espaços de disputa de poder. “Isto fortalece as nossas lutas”, garante a sindicalista.


 



O presidente do Sindicato de São Luiz Gonzaga, Américo Fabrício Pereira, a Central Classista esta surgindo do contato direto com a base e com a unidade das categorias. “Isto é necessário e não está acontecendo com as outras centrais”, observa. Ele diz ainda que os agricultores, que têm grande importância na luta dos trabalhadores, estavam dispersos de outros setores como comerciários e metalúrgicos. “A Central Classista está nascendo forte e dentro de um princípio humanista”, destaca Pereira. 


 



Rogério Reis, vice-presidente da Fecosul, diz que há um clamor e um anseio da grande maioria dos trabalhadores na busca por uma Central Sindical que represente os reais interesses dos trabalhadores. Para ele a Central Classista surge com um diferencial que é buscar os anseios individuais de cada categoria. “Hoje as atuais centrais só pensam no ABC paulista”, observa. “O momento é muito oportuno e com certeza os trabalhadores saem ganhando com isso”, completa Reis, que é presidente do Sindicato dos Comerciários de Santa Maria.


 



A grande importância desta Central é que está nascendo das bases e com a participação de sindicatos menores, diz Almeri Finger de Castro, presidente do Sindicato de Lagoa Vermelha. “Esta central está surgindo das discussões dos assuntos de interesses dos trabalhadores. E não estará atrelada ao governo. Vai apoiar o que tiver de apoiar e cobrar o que tiver de ser cobrado”, esclarece Almeri.  


 



Quem também acredita que a construção de uma Central Classista e Democrática é um novo caminho para atender aos interesses dos trabalhadores, é João Carlos Gonsales, presidente do Sindicato de Santana do Livramento.   


 


O seminário teve a representação de cinco Federações dos Trabalhadores da Agricultura (Fetags), quatro Federações dos Comerciários, metalúrgicos, sindicatos da educação, setores de alimentação, papel, têxtil, setores da indústria, entre outros.


 


 


Assessoria Fecosul