Greve de metalúrgicos na Sae Towers completa nove dias
Em assembléia realizada na manhã desta quarta-feira (29) os metalúrgicos da Sae Towers decidiram manter a greve iniciada na fábrica no último dia 20, cuja reivindicação principal é o pagamento de uma Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) de R$ 3.500
Publicado 30/08/2007 22:20 | Editado 04/03/2020 16:52
Diante de um forte aparato militar que ocupa a portaria da empresa nos últimos dias, durante manifestação de protesto que antecedeu à votação, os trabalhadores da Sae Towers receberam o apoio de lideranças sindicais e políticas que, em discursos no carro de som do Sindicato, repudiaram a tentativa da empresa de coagir seus trabalhadores a encerrarem a greve, que chega ao seu nono dia.
Na última terça-feira (28), a empresa comunicou ao Sindicato que não apresentaria qualquer proposta até que os metalúrgicos retornassem ao trabalho e começou a visitar os grevistas em suas próprias residências na tentativa de convencê-los a encerrar o movimento.
Além de discordarem quanto aos valores da PLR – até antes de encerrar as negociações a empresa mantinha sua proposta de pagar R$ 1.750,00 – as partes também divergem quanto às metas a serem cumpridas. A Sae Towers propõe que 70% do valor da PLR estejam condicionados ao resultado financeiro da empresa e os 30% restantes aos indicadores de produção, assiduidade e cumprimento de prazos de entrega.
A proposta do Sindicato, por sua vez, prevê que apenas metade do valor esteja condicionada ao resultado financeiro; 40% à produção e 10% ao cumprimento dos prazos de entrega.
Fabricante de torres metálicas, equipamentos e sistemas para linhas de transmissão (cabos, produtos e subestações de alta tensão e transformadores de potência), a Sae Towers emprega 330 trabalhadores, que produzem, diariamente, 120 mil toneladas.
De Betim,
Eduardo Durães
Foto: Eliezer Dias