Sem categoria

Reféns na Colômbia: Chávez envia mensagem a chefe das Farc

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, declarou neste domingo (2) que enviou uma nova mensagem a Manuel Marulanda, chefe da guerrilha colombiana das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). O gesto é parte de seu papel de mediador em favor de u

No programa radiofônico semanal Alô Presidente, Chávez informou ter emitido a mensagem na noite de sábado. O presidente venezuelano foi na sexta-feira a Bogotá para falar sobre o assunto dos reféns com o presidente Álvaro Uribe.


 


Ele também anunciou ter acertado com o colega colombiano que um alto representante das Farc fosse à Venezuela para discutir com ele a possibilidade de uma troca entre 45 reféns da guerrilha – entre eles a franco-colombiana Ingrid Betancourt – e 500 rebeldes detidos pelas autoridades colombianas.


 


Depois do encontro em Bogotá, Chávez afirmou que aceitaria o emissário a ser designado pela guerrilha – mas que desejava negociar com Manuel Marulanda, ou “Tirofijo”, o chefe histórico das Farc.


 


Durante o programa, o presidente venezuelano também telefonou para o colega da Nicarágua, Daniel Ortega, a quem pediu ajuda para fazer avançar o dossiê colombiano, evocando principalmente o processo de paz dos anos 1980 na América Central.


 


Sigilo


 


Também neste domingo, a senadora colombiana Piedad Córdoba, autorizada para definir com as Farc um acordo humanitário, disse que o emissário designado pela guerrilha para falar com o presidente da Venezuela, deve ser alguém com capacidade de decisão.


 


Córdoba afirmou que o representante das Farc deverá ser “uma pessoa do nível de Raúl Reyes, Ivan Ríos ou do próprio (Manuel) Marulanda”. A senadora acrescentou que se requer prudência, sigilo, para conseguir a confiança que permita a chegada a Caracas do emissário da guerrilha.


 


As declarações da legisladora ocorrem após a visita de mais de 16 horas de Chávez, na qual reafirmou a Uribe seu apoio e mediação com um eventual diálogo com as Farc. O governante venezuelano manifestou confiança em obter, por meio de seus bons ofícios, o acordo humanitário.


 


Segundo o próprio Chávez, ele não se imagina ficar seis meses buscando alternativas para o acordo – e quer avançar o mais rápido possível para conseguir a liberdade dos reféns. “Sinto que podemos, senão não estaria aqui”, disse Chávez, em entrevista coletiva, na noite de sexta-feira, na fazenda de Hato Grande, nos arredores de Bogotá, com o presidente colombiano.