Referendos sobre OTAN e língua dividirão Ucrânia, diz oposição
Os referendos convocados pelo Partido das Regiões (PR) sobre a participação da Ucrânia no Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan) e sobre a utilização do idioma russo dividirão a Ucrânia, considerou nesta quinta-feira (6) o bloco de oposição de Iúlia Timo
Publicado 06/09/2007 15:58
Segundo o chefe do estado-maior eleitoral do BIUT, Alexander Turchinov, com a convocação de uma consulta popular relacionada com a Otan, o PR procura desviar a atenção para temas eleitorais mais vantajosos.
Turchinov lembrou que, com esse lema e o de fazer do russo o segundo idioma oficial, “os regionais” se apresentaram às eleições parlamentares de março de 2006 e agora tentam se aproveitar novamente desses temas na eleição antecipada para o próximo dia 30 de setembro.
A mídia destaca que o polêmico magnata russo Borís Berezovski, que Moscou exige a extradição a Londres, apresentou um processo judicial contra o dirigente do BIUT, que fez parte do governo de Timochenko (de janeiro a setembro de 3005).
Berezovski, conhecido por ser arquiteto de intrigas palacianas durante a época do falecido ex-presidente Boris Iéltsin, exigiu que seja reconhecido seu “investimento” de vários milhões de dólares na chamada “revolução laranja”.
Em fins de 2004, o bloco Nossa Ucrânia, o BIUT, a Auto Defesa Popular, o Pará e os socialistas de Alexander Moroz, foram às ruas exigindo a repetição das eleições presidenciais. Em seguida, Viktor Iuchtchenko foi eleito chefe de Estado.
As manifestações foram amplamente apoiadas pelos EUA e seus aliados, para impedir à chegada do poder o agora primeiro-ministro Viktor Ianukovitch, que defendia uma aproximação política e econômica maior com Moscou e rechaçava o ingresso no Pacto Militar (Otan) liderado pelos EUA.