Diocese argentina critica omissão da igreja durante ditadura
A Diocese de Neuquén critica o “silêncio” da Igreja argentina no período da ditadura. A crítica da Diocese de Neuquén foi feita em uma carta distribuída nas paróquias da província. O texto foi divulgado por ocasião do processo contra o sacerdote Christ
Publicado 07/09/2007 17:46
Lê-se na carta: “Com dor, não podemos deixar de reconhecer que nem toda a Igreja foi coerente com o que cremos e pregamos, se bem que nem toda a hierarquia tenha ficado surda, diante do sofrimento de tantos irmãos.” A propósito, o texto recorda os bispos que lutaram contra a ditadura e que figuram na lista de desaparecidos.
Mas a crítica continua: “Demasiado silêncio, falta de participação pública nos pedidos de justiça e demasiada debilidade fizeram com que fossemos vistos como próximos aos ditadores da morte, enquanto devíamos ser apóstolos da vida.”
Desde que chegou ao poder, em 2003, o presidente argentino, Nestor Kirchner, polemizou várias vezes com a Igreja e, inclusive, acusou alguns setores eclesiásticos de cumplicidade com a repressão desencadeada pelo governo militar, que provocou o desaparecimento de 30 mil pessoas.
Fonte: (BF/AF)