Comunistas americanos lembram sexto aniversário do 11/9
No sexto aniversário da tragédia de 11 de setembro, ao mesmo tempo em que cerimônias rememoram as quase três mil vidas perdidas nos ataques terroristas daquele dia, uma questão ainda perturba a mente de muitos americanos.
Editorial d
Publicado 12/09/2007 10:31
A resposta da administração Bush aos ataques ao World Trade Center e ao Pentágono trouxe mais segurança ao mundo?
Um número cada vez maior de pessoas em nosso país e ao redor do mundo responde negativamente a essa questão.
Embora nenhuma evidência ligasse o ditador Saddam Hussein aos ataques, a administração usou o 11 de Setembro como pretexto para uma guerra na qual já morreram mais de 3.750 soldados e centenas de milhares de iraquianos, enquanto milhares de outros civis e militares foram severamente feridos. Uma guerra que deixou os iraquianos em piores condições que antes de seu início, e que fez de seu país um novo paraíso para terroristas.
A administração Bush desviou e colocou de lados os esforços diplomáticos, enquanto imensos recursos foram dirigidos para impulsionar nosso país na direção de um futuro de guerra perpétua.
Enquanto a pressão popular em casa e ao redor do mundo forçou a administração a dar um passo atrás em relação à Coréia do Norte, Bush e Cheney estão aumentando progressivamente as ameaças de atacar o Irã.
Ao mesmo tempo, as liberdades civis foram erodidas em nosso país, com os programas de vigilância ilegais e a destruição pela extrema direita dos programas sociais e de emergência. Essas políticas deram combustível para o racismo, para a histeria anti-imigrantes, para a desigualdade, o que ameaça o “Et pluribus unum” (e todos por um), nosso consagrado lema nacional.
Se a “guerra ao terror” da a administração Bush não conseguiu fazer o mundo um lugar mais seguro, o que então faria?
Para muitos, um fim à ocupação do Iraque, com a retirada das tropas e dos mercenários americanos do país, sem deixar bases. Uma política externa voltada para a diplomacia e cooperação, ao invés do poderio militar. Uma política comercial que beneficiasse as pessoas pobres aqui e ao redor do planeta.
E, em casa, redirecionando as somas astronômicas gastas na guerra para dar ao povo a segurança em suas vidas cotidianas: saúde para todos, educação pública de qualidade que promova a paz e a compreensão multicultural, fornecer moradia e transportes, preservação ambiental e garantir o financiamento de infra-estruturas de segurança em emergências.
Trabalhar nesses objetivos seria o melhor tributo às vítimas do 11 de setembro de 2001.
Fonte: Peoples Weekly World (http://www.pww.org)