Sem categoria

Uribe veta reunião de Chávez com líder das Farc na Colômbia

O presidente colombiano, Alvaro Uribe, negou o pedido feito neste sábado (15) por seu colega venezuelano, Hugo Chávez, de se reunir em uma área do sul da Colômbia com Manuel Marulanda, líder das Farc. A motivação do encontro seria tentar uma troca de 45 r

“Afirmo e não preciso repetir”, disse Uribe a rádios locais na localidade de Rionegro, ao ser consultado sobre o pedido de Chávez, horas antes. Diante da insistência dos jornalistas, o presidente colombiano acrescentou: “Não me façam tratar destes assuntos publicamente — vocês conhecem minha posição sobre este aspecto”.


 


Ao longo de seus mais de cinco anos à frente do governo da Colômbia, Uribe já disse que durante sua administração não vai desmilitarizar nenhuma zona do território para uma negociação com a guerrilha das Farc, como ocorreu durante o mandato de seu antecessor, Andrés Pastrana, para uma série de frustradas negociações de paz.


 


Chávez, em sua petição para ir à Colômbia, pediu justamente que o exército desocupe brevemente a região de Caguán (sul), “com testemunhas e, claro, com segurança para ambos”. Ele fez a solicitação em uma mensagem na TV.


 


Segundo o venezuelano, o presidente da França, Nicolás Sarkozy, disse que o acompanharia à região de Caguán para negociar a libertação de reféns da guerrilha colombiana — entre eles a ex-candidata à presidência Ingrid Betancourt, em troca de 500 rebeldes presos.


 


“O presidente Uribe me pediu que ajudasse. Eu quero ajudar. Faço a solicitação formal ante o mundo, permita-me falar com Marulanda na Colômbia”, disse Chávez. Além disso, pediu a companhia de Uribe na viagem. “Quero ser útil, mas os colombianos têm que me ajudar. Se o governo colombiano e a guerrilha permanecerem imóveis, o que faço?”


 


O líder venezuelano disse ter recebido uma comunicação de Marulanda na qual o chefe das Farc o convida a conversar na zona de Caguán — área que permaneceu desmilitarizada durante as negociações de paz que realizadas no governo Pastrana.


 


“Quero falar com ele, quero falar com o chefe”, ressaltou Chávez, para quem a solução da troca humanitária deve ser buscada com os líderes. De acordo com Chávez, o presidente boliviano Evo Morales também estaria disposto a participar na mediação.